Analistas de segurança estimam 10 de abril, enquanto outros pensam que pode ser apenas uma estratégia
O sul-coreano Ryoo Kihl-jae, ministro da Unificação Coreana, declarou hoje numa audiência parlamentar que há indícios de que a Coreia do Norte prepara outro teste nuclear.
“Há indícios desse tipo”, declarou o ministro após apresentar um relatório de inteligência que afirmava ter detectado atividade no principal local de testes atômicos no Norte, informou a Indiaexpress.
O conselheiro de segurança nacional sul-coreano, Kim Jang-soo, disse que é possível que um teste de lançamento de míssil ocorra logo após quarta-feira, segundo a agência Yonhap. A data corresponde ao prazo dado pelo governo norte-coreano para as embaixadas retirarem seu pessoal do país.
“Estamos analisando a situação atentamente, deixando abertas todas as possibilidades”, disse Kim Jang-soo, chefe da Secretaria de Segurança Nacional, durante uma reunião no gabinete presidencial, segundo o porta-voz do governo Haing Kim.
“Não há sinais de uma guerra em grande escala a partir de agora, porém, o Norte terá que se preparar para retaliação em caso de guerra local”, esclareceu ele, segundo o Yonhap.
Um oficial anônimo disse ao Diário da Coreia do Sul que “estamos verificando se é de fato um teste nuclear ou simplesmente uma estratégia para nos pressionar mais e aos Estados Unidos”, citou a Indiaexpress.
Relatos anteriores sugeriram que se preparava um lançamento para 15 de abril, em comemoração ao líder fundador do regime comunista norte-coreano Kim Il-sung.
Devido às tensões, os EUA adiaram o lançamento do teste de um de seus mísseis, a China reagiu contra a Coreia do Norte e o Ministério das Relações Exteriores da Suíça se ofereceu para mediar as próximas negociações.
O Japão anunciou hoje por meio do porta-voz do Ministério da Defesa que orientou suas forças armadas a derrubar qualquer míssil da Coreia do Norte que possa afetar seu território.
As tensões aumentaram desde que Pyongyang realizou há poucos meses um teste nuclear e o lançamento de um míssil de longo alcance, o que foi respondido com mais sanções pela ONU. Após os exercícios navais conjuntos da Coreia do Sul e EUA, o regime comunista rompeu o tratado de armistício de 1953, declarou guerra aos EUA e à Coreia do Sul e avisou que posicionaria mais mísseis para um ataque imediato a esses países.
Na semana passada, Pyongyang começou a bloquear a entrada de trabalhadores sul-coreanos na cidade fronteiriça norte-coreana de Kaesong e neste domingo pediu novamente às embaixadas no país que retirassem seu pessoal diplomático antes de 10 de abril.
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