A Coreia do Norte foi advertida pelos Estados Unidos na segunda-feira que não deve realizar outro teste nuclear, caso contrário enfrentará sanções ainda maiores, poucas semanas depois do isolado Estado comunista lançar um foguete que falhou.
A comunidade internacional e analistas têm especulado amplamente que a Coreia do Norte realizará outro teste nuclear em breve, como fez em 2006 e 2009, também depois dos testes de lançamentos falhos de foguetes.
“Seria um erro de cálculo sério se a Coreia do Norte realizasse um teste nuclear”, disse Glyn Davies, representante especial para política da Coreia do Norte, em Seul em 21 de maio, de acordo com uma transcrição. “Este novo regime em Pyongyang viu que a comunidade internacional se uniu em reação ao lançamento do míssil em 13 de abril.”
A Coreia do Norte concordou com os Estados Unidos em 29 de fevereiro a não realizar qualquer teste de míssil de longo alcance ou nuclear em troca de centenas de milhares de toneladas de ajuda alimentar. No entanto, os Estados Unidos desistiram do negócio depois que Pyongyang disse que testaria um foguete que alegou enviar um satélite em órbita para comemorar o 100º aniversário do seu fundador, Kim Il Sung.
Depois que o regime lançou o míssil, a forma como a comunidade internacional reagiu “deve ser um sinal muito forte para Pyongyang que um novo erro será recebido com ação semelhante unida da comunidade internacional”, acrescentou Davies. Mas Davies disse que os Estados Unidos ainda estão abertos a novas negociações com o Norte.
“Os Estados Unidos têm uma política de dupla via, de engajamento por um lado, mas de pressão por outro. Esse aspecto do engajamento permanece em aberto”, disse ele. “Se eles fizerem as escolhas certas, pode haver um futuro diferente para a Coreia do Norte e seu povo.”
Na semana passada, o website 38North baseado nos EUA postou fotos de satélite que mostravam o país aparentemente trabalhando num reator experimental de água leve que lhe permitiria produzir material para armas nucleares ou testes. O reator poderia se tornar operacional em um a dois anos, acrescentou.