A Coreia do Norte disse que dispensou seu chefe-general do Exército, Ri Yong Ho, de todos os seus cargos oficiais por motivo de doença, o que levou alguns a especularem sobre uma possível luta interna entre as elites do isolado país.
“O Comitê Central do Partido dos Trabalhadores realizou uma sessão do Politburo em 15 (de julho) e decidiu removê-lo de todas as suas funções como membro do Comitê Permanente do Politburo, membro do Politburo e vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido devido a sua doença”, informou a imprensa estatal, segundo o Korea Herald.
Ri foi considerado um dos principais conselheiros militares do jovem líder Kim Jong-Un e é dito que foi uma figura fundamental em ajudar Kim a assumir o controle do país depois que seu pai morreu em dezembro.
“Não podemos descartar a possibilidade de que o chefe do exército do Estado Maior, Ri Yong Ho, foi demitido por não satisfazer o controle militar de Kim Jong-Un ou como resultado de uma luta de poder na Coreia do Norte”, disse Chang Yong Suk, um analista do Instituto para Estudos da Unificação e Paz da Universidade Nacional de Seul, à agência de notícias Yonhap.
Hong Hyun Ik, um pesquisador do Instituto Sejong, disse que a ação de demiti-lo devido a uma doença é muito drástica para não ser politicamente motivada. Ele observou que Ri pode ter sido contra a promoção do novo general Choe Ryong Hae.
“A possibilidade é que a decisão foi tomada a fim de acetar as contas em meio a algum tipo de rivalidade entre Ri e Choe”, disse ele ao Herald.