Em meio aos temores dos testes nucleares na Coreia do Norte, o país parece determinado a prosseguir.
A Coreia do Norte anunciou na quarta-feira, 30 de maio, que mudaram sua constituição para declarar o país como um Estado com armas nucleares.
A Constituição atualizada lê, “O presidente Kim Jong-Il da Comissão de Defensa Nacional transformou nossa pátria num Estado invencível de ideologia política, um Estado com armas nucleares e uma potência militar indomável, preparando o terreno para a construção de uma nação forte e próspera.” Acrescentando “Estado nuclearmente armado” ao seu preâmbulo.
O Dr. Yuseok Seo do Instituto de Estudos da Coreia do Norte em Seul, Coreia do Sul, disse à NTDTV, “O Norte exigiu que os Estados Unidos reconhecessem a Coreia do Norte como um Estado com armas nucleares.” Ele disse, “Os Estados Unidos disseram a Coreia do Norte: se o Norte prosseguir com testes nucleares, eles podem enviar armas nucleares e militares à Coreia do Sul.”
Mas Seo diz que isso pode representar mais uma ameaça para a China do que para a Coreia do Norte, com o fortalecimento de forças armadas na região da Coreia do Sul. “Isso poderia ameaçar a China ao invés da Coreia do Norte. A China está bastante preocupada com o crescente poder militar da Coreia do Sul.”
No entanto, muitos especialistas apontam que provocações da Coreia do Norte e a arrogância não podem ser tomadas literalmente, como visto nos mísseis de longo alcance, provavelmente falsos, exibidos nas celebrações de fundação da nação. Analisando imagens do desfile, uma equipe de especialistas alemães em armamento considerou os seis mísseis como farsas elaboradas.
“Nós não podemos ver as coisas apenas na superfície, o desenvolvimento de armas nucleares do Norte é uma maneira de chamar a atenção da comunidade internacional e obter reconhecimento como uma grande nação que tem armas nucleares”, diz Seo.
Os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão concordaram em reforçar a cooperação para lidar melhor com a agressão norte-coreana, disseram eles durante os dois dias da Cúpula sobre Segurança na Ásia ocorrida em Cingapura neste fim de semana.