Coreia do Norte corta acesso da Cruz Vermelha enquanto tensão na região cresce
A Coreia do Norte não respondeu a uma chamada diária da Coreia do Sul feita por meio da Cruz Vermelha, segundo a Reuters em 11 de março. O incidente acorreu após Pyongyang ameaçar cortar a linha de comunicação na manhã de segunda-feira.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul iniciaram uma nova rodada de exercícios militares na segunda-feira. Os exercícios envolvem 10 mil soldados sul-coreanos e 3 mil soldados norte-americanos e estão programados para durarem 11 dias.
São exercícios anuais que historicamente provocaram resposta hostil da Coreia do Norte.
Desta vez, a Coreia do Norte cortou a linha instalada pela Cruz Vermelha para facilitar a comunicação entre as duas nações e começou seus próprios exercícios militares.
As tensões estiveram em alta na península coreana na semana passada após o anúncio de quinta-feira sobre o aumento das sanções da ONU contra a Coreia do Norte. As sanções visam retardar o desenvolvimento do programa nuclear do país.
A Coreia do Norte respondeu às sanções ameaçando um ataque nuclear preventivo contra os Estados Unidos. O Departamento de Estado dos EUA não se alterou, pois analistas concordam que a Coreia do Norte não tem armas nucleares capazes de atingir os Estados Unidos.
Na sexta-feira, a Agência de Notícias Central Coreana (KCNA) anunciou o fim do Acordo de Armistício Coreano de 1953. O armistício, assinado pelos Estados Unidos, Coreia do Norte e China, firmou um cessar-fogo que encerrou a Guerra da Coreia. Como um acordo de paz nunca foi alcançado, os países permanecem tecnicamente em guerra pelos últimos 67 anos e suas interações são regidas pelos termos do armistício.
O anúncio da Coreia do Norte poderia sinalizar um retorno ao combate.
A China, historicamente uma forte aliada da Coreia do Norte, concordou em participar desta última rodada de sanções. A cooperação da China é essencial para o sucesso das sanções, pois o principal produto de exportação da Coreia do Norte são os minerais vendidos pela China.
De acordo com Wendell Minnick, analista da Defense News, esta é uma mudança significativa na política da China sobre a Coreia do Norte.
O novo presidente sul-coreano Park Geun-hye adotou linha-dura em relação à agressividade norte-coreana desde sua eleição em 25 de fevereiro.
Enquanto o desligamento da linha telefônica da Cruz Vermelha pode sinalizar o fim da comunicação entre as duas nações, alguns veem isso como um movimento simbólico.
Havia sinais de negócios regulares na segunda-feira quando os funcionários sul-coreanos no parque industrial de Kaesong foram autorizados a atravessar a fronteira para irem a Coreia do Norte trabalhar.
Kaesong é um empreendimento econômico comum entre o Norte e o Sul, “projetado para facilitar laços econômicos mais estreitos, permitindo que ricas empresas sul-coreanas contratem mão de obra barata norte-coreana nos setores de trabalhos intensivos como vestuário e eletrônicos”, segundo a mídia sul-coreana Yonhap.
De acordo a Yonhap, 2012 foi um ano forte para empresas que operam na zona do projeto econômico intercoreano. A produção econômica foi estimada em 470 milhões de dólares, apesar das crescentes tensões políticas.
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