A televisão estatal norte-coreana publicou um anúncio feito pelo ‘Comitê pela Paz na Ásia-Pacífico da Coreia do Norte’ (CPAPC) alertando todos os estrangeiros na Coreia do Sul a evacuarem em 9 de abril.
“O comitê informa todas as instituições e empresas estrangeiras, incluindo turistas em Seul e em todas as outras partes da Coreia do Sul, que lhes é solicitado tomar medidas de abrigo e evacuação antecipadamente para sua segurança”, informou o CPAPC, segundo o jornal sul-coreano Yonhap.
Isso ocorre após Pyongyang anunciar o fechamento do Complexo Industrial Kaesong em 8 de abril. O complexo, localizado ao norte da zona desmilitarizada entre o Norte e a Coreia do Sul, era o último símbolo de cooperação intercoreana.
Nenhum dos 53 mil trabalhadores norte-coreanos empregados em Kaesong foi trabalhar na manhã de terça-feira.
Um grupo de gerentes de empresas sul-coreanas emitiu um comunicado pedindo que os governos do Norte e do Sul encontrassem uma solução e reabrissem o complexo.
Han Jae-kwon, porta-voz de uma associação de empresas de Kaesong, disse que eles esperam enviar uma delegação das empresas à Coreia do Norte num esforço para resolver a questão em Kaesong, segundo uma tradução do Guardian de uma transmissão local.
Autoridades sul-coreanas veem a onda recente de ameaças e ações hostis por parte da Coreia do Norte como uma estratégia para aumentar a tensão na região a fim de obter concessões.
“Criar tensão tem sido uma tática típica empregada por décadas pelo Norte para lidar com a pressão exterior contra seu mau comportamento e, assim, conseguir concessões”, disse um oficial anônimo do governo sul-coreano ao Yonhap.
Os Estados Unidos estão levando a sério as ameaças norte-coreanas. O almirante Samuel Locklear, comandante do Comando do Pacífico dos EUA, disse a um comitê do Senado na terça-feira que a Coreia do Norte representa uma ameaça clara e direta aos Estados Unidos e a seus aliados na região.
Locklear diz que a Coreia do Norte está mantendo uma grande porcentagem de suas forças de combate ao longo da zona desmilitarizada com a Coreia do Sul, uma posição que os permite ameaçar o pessoal civil e militar dos EUA e da Coreia do Sul.
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