Um debate no governo do Japão aprovou uma proposta para permitir a autodefesa coletiva na constituição do país, submetendo-a ao primeiro-ministro Yoshihiko Noda na sexta-feira. A questão tem sido considerada sensível ao longo dos anos, devido à agressão imperial do Japão durante a 2ª Guerra Mundial e antes.
Mas o painel disse que a Constituição deve ser revista para que o país possa “aumentar seu valor para países parceiros e intensificar a cooperação de segurança”, informou a agência de notícias Kyodo. Foi informado que a proposta prevê uma cooperação reforçada, especialmente com os Estados Unidos, que aumentaram sua presença na região Ásia-Pacífico recentemente.
Os Estados Unidos, o Japão e outros aliados na região estão preocupados com a crescente demanda chinesa por territoriais no Mar da China Meridional. “A cooperação de Segurança deve ser ampliada por meio de medidas como a revisão do sistema existente, incluindo a reconsideração de interpretações convencionais da Constituição”, foi dito no painel segundo o Kyodo.
Essencialmente, o direito a autodefesa coletiva significa que um país pode ajudar um aliado que está sob ataque. O artigo 51 da Carta das Nações Unidas concede este direito. A Constituição do Japão afirma, “O povo japonês renuncia à guerra para sempre como um direito soberano da nação e à ameaça ou ao uso da força como um meio de resolver disputas internacionais.”
A proposta ocorre enquanto o Japão e a Coreia do Sul consideraram a assinatura de um acordo militar. Originalmente, os dois países queriam assinar um acordo até o final de junho, mas os protestos de partidos políticos e do público em geral no Japão pediram ao governo pelo cancelamento. Os dois ainda têm disputas territoriais não resolvidas que remontam a ocupação japonesa da Coreia do Sul de 1910 a 1945.