O povo chinês antigo enfatizava que a pessoa guiasse sua conduta seguindo os princípios celestiais e aumentando sua virtude por meio da melhoria do caráter moral. Muitas escrituras priorizavam o acúmulo da virtude ao fazer boas ações e acreditavam que controlar a luxúria era uma das melhores maneiras de acumular virtude. Continuação da Parte 2
III. Um desastre mitigado
Durante a Dinastia Qing, um incêndio incontrolável se estendeu por um bairro populoso em Hangzhou. Mais de dez casas foram transformadas em cinzas, apesar de todas as tentativas de saciar as chamas. Durante este período caótico, muitos espectadores testemunharam uma divindade acenando uma bandeira vermelha, dirigindo o incêndio para longe de uma casa em particular. Esta era a casa do sr. Gu. Sua casa ficou em pé e sua esposa e filhos saíram ilesos. O sr. Gu, no entanto, estava ausente da cena em viagens de negócios.
A seguir é descrita uma das viagens do sr. Gu.
Quando ele estava ancorando seu barco ao longo do rio Suzhou, uma jovem mulher chorando chamou sua atenção. Ele perguntou o porquê de ela estar assim e ela respondeu: “Meu marido foi condenado à prisão por causa de sua dívida não paga de 50 pratas. Eu não posso suportar viver sozinha, por isso estou pensando em me afogar.”
Sem hesitar, o sr. Gu tirou 50 pratas de sua carteira e entregou a ela. A mulher agradeceu e foi embora.
Em sua viagem de volta, ele atracou na mesma cidade novamente. A mulher e seu marido viram o sr. Gu e convidaram-no a ficar em sua casa. O marido explicou: “Nós somos financeiramente instáveis e não temos maneira de recompensá-lo. Por favor, passe a noite em nossa casa e vamos cuidar de você.” Ele ofereceu a sua esposa para acompanhar o sr. Gu à noite. O sr. Gu respeitosamente negou e dormiu em seu barco.
Depois que o sr. Gu voltou à sua casa, os vizinhos lhe perguntaram que tipo ações ele fez para obter tal proteção das divindades para que sua casa fosse salva do fogo. O sr. Gu não conseguia pensar na razão.
Depois de ser repetidamente questionado, ele pensou no episódio de ter ajudado o casal e rejeitado sua oferta. O momento coincidiu com o do fogo.
O sr. Gu salvou as vidas do casal e a reputação da sua mulher. Seus atos de bondade moveram os céus e um desastre foi mitigado. A moral desta história não é para fazer boas ações com um motivo de ganhar a proteção dos deuses. Pelo contrário, os seres humanos devem sempre carregar consigo um sentimento de compaixão incondicional para com os outros. A retribuição cármica positiva é apenas um subproduto, não é para ser perseguida.