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Conhecendo os artistas do Shen Yun: Chen Yungchia

13/03/2012
O bailarino e coreógrafo Yungchia Chen (Genevieve Long/The Epoch Times)

Uma segunda oportunidade na vida

Chen Yungchia fala e se move com a graça suave de um bailarino que treinou durante toda a vida. A extensa lista de prêmios, reconhecimentos, e menções, recebidos durante seus 27 anos de carreira, refletem a riqueza artística de sua experiência.

Há apenas três anos, Chen pensava que sua carreira havia terminado e considerava a possibilidade de retirar-se dos palcos. O rompimento de um tendão na zona do calcanhar de Aquiles, durante uma apresentação em 2004, reduziu seu ritmo de trabalho e lhe fez sentir o peso da idade para seu desempenho como bailarino.

Porém, quando Chen foi convocado para um concurso de dança em Nova York, apresentou-se lhe uma última oportunidade para retornar ao centro da cena, e ele a aproveitou.

Em 2005, quando estava ensinando dança na Universidade de Artes de Taiwan, Chen despertou a atenção de Tia Zhang, egressa da renomada Escola de Dança de Beijing e bailarina do Shen Yun Performing Arts, uma companhia de artes cênicas com sede em Nova York. Ela o convenceu a que participasse da Competição de Dança Chinesa organizada pela NTDTV (New Tang Dynasty TV). Chen obteve o primeiro lugar.

Para Chen, a surpresa não foi a de ter ganho a competição, pois já havia ganho muitos prêmios durante sua carreira, mas o fato de que ainda podia adentrar o cenário e doar o melhor de si.

“Durante a competição, me surpreendi ao dar-me conta de que ainda conseguia dançar, e até poderia participar e ganhar prêmios”, recorda Chen, “Naquele momento, praticamente, já havia decidido não dançar mais.”

Agora ele é instrutor na Academia de Artes Fei Tian e também coreógrafo e bailarino principal do Shen Yun. Chen vê o trabalho de sua vida como uma maneira de preservar a cultura clássica chinesa para as gerações futuras.

“Creio que a dança chinesa tem muitos níveis de significado para os seres humanos”, diz ele referindo-se ao seu trabalho.

Início precoce

A carreira de Chen, como bailarino, iniciou-se na China, quando era ainda pequeno. Estava fascinado com a dança, porém o que viu carecia do significado interior que ele desejava expressar.

“Quando era um menino pequeno, durante a Revolução Cultural na China, a única coisa que havia para se olhar era a propaganda do PCCh (Partido Comunista Chinês)”, diz Chen.

Aos 11 anos, ingressou no Departamento de Dança do Colégio de Guizhou e, aos 16, entrou para a Companhia de Dança de Guizhou.

A paixão pela arte o levou a uma carreira ilustre como bailarino e a uma extensa lista de reconhecimentos, incluindo a de transmitir a essência da dança clássica chinesa para as gerações futuras quando seu protegido ganhou um prêmio. Ele recebeu o “Prêmio Jardineiro” como professor de dança e coreógrafo, pelo fato de que seus alunos ganharam o segundo lugar na oitava Competição Nacional de Dança da Copa de Pêssego e Ameixa no Colégio de Arte.

A Competição de Dança da Copa de Pêssego e Ameixa, conhecida como o ‘Oscar dos bailarinos chineses’, é respeitada pelas instituições de dança e outras artes cênicas. É a mais respeitada competição do país e a única competição de dança onde concorrem múltiplas categorias.

Em Taiwan, também recebeu numerosos prêmios, incluindo o Prêmio Formosa em 2004, o mais expressivo entre as competições nacionais de dança daquele país. No mesmo ano, recebeu um prêmio chamado “Prêmio à Conquista do Bailarino da Dança do Fênix Voador”.

Em 1995, casou-se com uma taiwanesa e se mudou para Taiwan, onde continuou sua carreira de dança. Atualmente, aos 38 anos de idade, transmite a tradição a sua família, seus dois filhos estão aprendendo dança chinesa.

Um novo começo

No ano passado, a vida de Chen tomou um rumo inesperado, quase imediatamente após mudar-se para os Estados Unidos. Ele começou a praticar Falun Dafa, ou Falun Gong, uma prática de meditação que é perseguida na sua terra natal, a China Continental.

Em apenas um ano de prática do Falun Gong as mudanças não se limitam ao melhoramento de sua compleição e da qualidade de sua pele.

“Antes, inclusive, se não discutia com uma pessoa, não era feliz em meu coração”, conta Chen. “Por exemplo, por que essa pessoa tem mais do que eu? Sentia-me um tanto invejoso, infeliz. Agora aprendi a deixar que as coisas fluam.”

Como bailarino, estar em cena requer uma concentração absoluta para não cometer erros. Ele conta que uma maneira de estabelecer o foco é colocar toda a sua atenção no papel que está desempenhando, com o intuito de converter-se nesse personagem. Os sacrifícios que faz são enormes, porém, em sua opinião, enormes também são os benefícios.

“A dança é treinamento, é aprendizagem; realmente tem a ver com o sofrimento, com suportar dificuldades”, comenta Chen. “Nesse processo, nesse sofrimento, tens de encontrar o prazer.”

As atuações são tão detalhadas e preciosas, em suas cores, coreografias complicadas e significados internos, que levam, tanto ele como a audiência, diretamente às raízes da cultura tradicional chinesa.

“Essas atuações são mais tradicionais, assim como são uma categoria de cultura mais direta para o público”, diz Chen. “Eu creio que eles se relacionam com isso, com essa cultura tradicional.”

Apesar de suas conquistas, Chen não acha que sua trajetória na dança vá esfriar, de imediato. Diz ele que nos próximos 5 ou 10 anos gostaria de treinar estudantes e promover a dança chinesa internacionalmente.

“Penso que a dança tradicional chinesa promove uma cultura muito pura e tradicional, e é muito completa”, opina.

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