De acordo com sua biografia na “História não autorizada da Dinastia Ming”, Li Shizhen nasceu em Qizhou (hoje condado de Qichun, na província de Hubei) e viveu de 1518 a 1593 durante a Dinastia Ming.
Quando Li Shizhen nasceu, um cervo branco entrou na sala, pressagiando que seu destino estaria relacionado à imortalidade e desde cedo na vida ele direcionou seus estudos nesse sentido.
Li Shizhen gostava muito de ler e tinha conhecimento amplo devido à leitura de todo o tipo de livros. Mas ele apreciava especialmente os livros de medicina e era muito bom na sua interpretação e aplicação, assim, ele se considerava um médico.
Li Shizhen achava que a categorização e classificação das ervas em livros antigos chineses eram muito complicadas e que os nomes não haviam sido devidamente atribuídos ou as ervas devidamente documentadas. Portanto, ele dedicou 30 anos a compilar a obra “Běncǎo Gāngmù” (“O grande compêndio das ervas”), que passou por três revisões e incluiu informações de mais de 800 livros.
Seus outros trabalhos são: “Poemas de Suo Guan”, “Casos médicos”, “Chave para as passagens da energia interna”, “Discussão dos cinco órgãos”, “Dificuldades do sanjiaoke”, “Pesquisa do mingmen” e “Discussão de poemas”.
Em seus últimos anos, Li Shizhen se intitulava de “um recluso próximo de um lago”. Mas ele não era apenas um conhecido médico e fitoterapeuta, mas também um adepto de práticas esotéricas e meditava todas as noites.
Embora Li Shizhen fosse proficiente na medicina e cultivador da longevidade, ele também atribuía grande importância às oito passagens da energia interna. Ele ressaltou em seu “Estudo das oito passagens internas” que os médicos e candidatos à imortalidade devem conhecer as oito passagens e aconselhou que esses profissionais entenderiam melhor a vida por meio das oito passagens internas da energia.
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