Congressista norte-americana critica a deportação de refugiados norte-coreanos

28/05/2012 02:00 Atualizado: 28/05/2012 02:00

Três congressistas, a sul-coreana Park Sun Young (esquerda), e os norte-americanos Ros-Lehtinen (centro), e Thaddeus McCotter fazem um momento de silêncio durante uma vigília para alertar sobre a situação dos refugiados norte-coreanos, na quinta-feira em Seul, Coreia do Sul, em frente à embaixada chinesa. (Gary Feuerberg/The Epoch Times)Na quinta-feira, dois membros do Congresso dos EUA participaram de uma vigília em favor dos refugiados norte-coreanos na China, realizada em frente à embaixada da China em Seul.

A congressista norte-americana Ileana Ros-Lehtinen (R-Fla.), presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara, exortou a China a cessar a repatriação de refugiados norte-coreanos, que se enviados de volta à Coreia do Norte certamente serão presos, torturados e, às vezes, executados.

Ela pediu ao líder chinês Hu Jintao para “permitir que todos os refugiados norte-coreanos tenham passagem segura para a Coreia do Sul e outras nações democráticas”.

Ros-Lehtinen e outros cinco membros do Congresso chegaram em 22 de maio em Seul para uma visita de quatro dias, que incluiu uma vigília, reportou a AFP.

Ros-Lehtinen lembrou à multidão, “Eu também já foi uma refugiada.” “Tendo fugido do totalitarismo comunista em Cuba, eu tenho andado sua estrada solitária e experimentei tanto os medos e as esperanças que se combinam para motivar sua árdua jornada rumo à liberdade”, disse ela.

Com Ros-Lehtinen na vigília estava a congressista sul-coreana Park Sun Young, a norte-americana elogiou-a por chamar a atenção para a situação dos refugiados norte-coreanos na China. “A Sra. Park, através de seu jejum e orações, tocou a consciência de uma nação para salvar essas pessoas”, disse Ros-Lehtinen. Ela apoiou a campanha de Park na internet, “Salve Meu Amigo”, para estimular grandes multidões de cidadãos sul-coreanos a participarem de várias manifestações no mesmo lugar local onde estavam.

Park divulgou a situação de uma mãe norte-coreana encarcerada na China com uma criança. O pai presumivelmente é chinês, o que significa que o bebê provavelmente será morto se a mãe for forçada a regressar à Coreia do Norte. “Que tipo de regime persegue bebês? Que tipo de regime oferece assistência numa caçada desse tipo?”, disse Ros-Lehtinen referindo à Coreia do Norte e ao regime chinês, respectivamente.

A congressista foi acompanhada por seu colega também congressista Thaddeus McCotter (R-Mich.), que estava ao lado dela enquanto ela lia seu discurso segurando uma cópia do HR 4240, que reautorizava a Lei de Direitos Humanos da Coreia do Norte de 2004 (já reautorizada e reforçada em 2008).

Em seu discurso, o congressista McCotter citou as palavras de Abraham Lincoln em que uma casa dividida contra si mesma não pode se suster. McCotter disse que um dia o povo oprimido da China e da Coreia do Norte será verdadeiramente livre.

Redigido por Ros-Lehtinen., o HR 4240 foi aprovado pela Câmara em 15 de maio de 2012 com 28 copatrocinadores, e foi apresentado ao Senado em 16 de maio de 2012. O projeto estenderá a Lei de Direitos Humanos da Coreia do Norte até 2017.

O HR 4240 também homenageia o falecido James Lilley, que serviu como embaixador na China e Coreia do Sul, e o congressista Stephen Solarz, ex-presidente da Subcomissão da Câmara de Relações Exteriores sobre a Ásia Oriental e o Pacífico. Ambos tiveram um interesse ativo no final de suas vidas pelos direitos humanos na Coreia do Norte.

O projeto de lei responsabiliza a China por violar o direito internacional no que diz respeito aos fugitivos. “Não obstante o alto nível de advocacia dos Estados Unidos, da República da Coreia, e do Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a China continua a repatriar norte-coreanos à força, incluindo dezenas de presumidos refugiados que foram objeto de apelos humanitários internacionais durante fevereiro e março de 2012”, diz o HR 4240.

O relatório anual da Comissão Executiva do Congresso da China (CECC) de outubro de 2011 disse, “As agências de aplicação da lei chinesas dedicaram centenas de oficiais para localizar e repatriar refugiados norte-coreanos à força.”

O Epoch Times informou em março que o regime chinês trabalha com a polícia norte-coreana em “caçadas humanas”, em toda a China, incluindo áreas remotas. Além disso, as autoridades chinesas oferecem recompensas aos cidadãos que entregam norte-coreanos, e “multam, detem, ou aprisionam” os que lhes prestam assistência humanitária.