Confrontos recentes no Egito deixam 34 mortos e centenas de feridos

07/10/2013 13:31 Atualizado: 07/10/2013 13:31
Membros egípcios da Irmandade Muçulmana queimaram pneus e confrontaram-se com as forças de segurança no Egito em 6 de outubro em apoio ao presidente deposto Mohamed Morsi (Mohammed Abdel Moneim/AFP/Getty Images)
Membros egípcios da Irmandade Muçulmana queimaram pneus e confrontaram-se com as forças de segurança no Egito em 6 de outubro em apoio ao presidente deposto Mohamed Morsi (Mohammed Abdel Moneim/AFP/Getty Images)

O domingo (6) foi de confrontos no Egito entre manifestantes contrários ao governo e as forças de segurança, deixando pelo menos 34 mortos e 209 feridos. Segundo Khaled Al Khatib, responsável pelos serviços de urgência egípcios, 30 pessoas morreram na capital do Cairo, a maioria na Praça Tahir, símbolo da resistência civil no país, e quatro no Sul do Egito. Durante os confrontos, 423 pessoas foram detidas.

No Cairo, os incidentes envolveram simpatizantes do presidente deposto Mohamed Morsi e policiais. No dia 4, quatro pessoas morreram na capital durante confrontos entre os simpatizantes de Mursi, opositores e as forças de segurança.

Morsi foi destituído e detido pelo Exército em 3 de julho, depois de manifestações de milhões de egípcios exigindo sua renúncia. Os militares nomearam um governo interino encarregado de reescrever a Constituição e de organizar eleições legislativas e presidenciais para o início de 2014.

Desde 14 de agosto, no entanto, há uma campanha de repressão contra os simpatizantes de Morsi e, em particular, a Irmandade Muçulmana, organização que apoia o presidente deposto. Mais de 2 mil integrantes da organização são mantidos presos pelos militares egípcios.

O Ministério do Interior chamou alguns dos feridos e detidos de sabotadores e responsabilizou os manifestantes pelo uso de armas de fogo durante os incidentes, o que teria obrigado a polícia a intervir.

Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Brasil