A companhia Tokyo Electric Power (TEPCO) confirmou, hoje, o vazamento de 120 toneladas de água radioativa, que estava armazenada em reservatórios subterrâneos.
Na sexta-feira, a TEPCO anunciou a possibilidade de um vazamento e, hoje, confirmou que o conteúdo de radionuclídeos foi de 5.900 becqueréis por centímetro cúbico, segundo a agência RIA.
“A água contaminada pode ter infiltrado no solo de um dos sete tanques de armazenamento subterrâneo”, informou previamente, citando a agência Kyodo.
Foram detectadas substâncias radioativas na água que se acumulava fora do tanque, coberta por três camadas de material impermeável.
A Central Nuclear em Fukushima se encontra em nível máximo de emergência por contaminação radioativa desde 11 de março de 2011, quando um grande terremoto e tsunami atingiram a costa do país. O sistema elétrico da usina parou de funcionar, desativando os sistemas de refrigeração, o que resultou em explosões e na dispersão de uma nuvem radioativa e vazamentos tóxicos no mar.
Alertas nas últimas semanas
No processo de desmonte da usina nuclear de seis reatores, registraram-se alertas inesperados nestas últimas semanas.
Em março, após o sistema elétrico falhar, os sistemas permaneceram parados por mais de um dia até se confirmar que um rato provocou um curto circuito.
Além disso, Fukushima se encontrava sob outro alerta desde 3 de abril, quando falhou novamente o resfriamento do combustível, desta vez somente no reator número 3.
Segundo a agência RIA, a causa alegada seria a instalação de um novo sistema ao redor do painel elétrico para prevenir a presença de ratos.
Entretanto, em seu último comunicado, a TEPCO assinalou em 14 de abril que, após se detectar uma falha na piscina de armazenamento de resíduos radioativos, não se encontraram mais anomalias e o tratamento foi reiniciado.
“Desde que a operação foi suspensa devido a uma avaria, a água restante no sistema foi tratada. O tratamento foi completado às 18:54 de hoje [4 de abril].”
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