O índice de confiança está 11 pontos abaixo do registrado em 2008
A confiança do público nos bancos é cada vez mais corroída a cada nova revelação ou investigação. A crítica não é apenas contra a gestão, mas também contra os reguladores, culpados de negligenciar suas responsabilidades aos contribuintes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e outros países desenvolvidos.
“A confiança nos bancos e nos banqueiros não existe mais. As pessoas duvidam dos valores dos bancos, já que essas instituições funcionam de acordo com seus próprios interesses”, declara um artigo da Central de Riscos em 2012.
O abalo na confiabilidade começou em 2008 com a crise financeira. Um estudo recente da empresa de relações públicas Edelman afirma que “a confiança nos bancos em todo o mundo está agora 11 pontos abaixo do registrado em 2008”.
Analistas afirmam que os bancos cresceram e estão menos transparentes do que nunca. Além disso, as instituições financeiras que recebem subsídios do governo porque são “grandes demais para falirem”, atualmente, estão mal vistas ainda mais do que antes da crise financeira.
No início deste ano, o JP Morgan Chase & Co., considerado um dos bancos mais seguros do mundo, relatou uma perda de mais de 6 bilhões de dólares, mas não revelaram que suas perdas tiveram um aumento expressivo em 2012.
Em 2012, o escândalo Libor chocou o mundo, especialmente depois que a mídia informou que o Federal Reserve, o Bank of England e o British Bankers Association estavam cientes das atividades de manejo da Libor há pelo menos cinco anos, mas disseram que suas atuações limitavam-se a assessoramento.
“O fracasso hipotecário envolvendo os maiores serviços de hipotecas, o incidente Whale London com o JP Morgan Chase, lavagem de dinheiro no HSBC: tudo isso só acentua a desconfiança do público no setor bancário”, revela um relatório do American Banker.
Diante do Abismo
A última pesquisa divulgada envolve os bancos Bank of America, Merrill Lynch, Barclays PLC, Bear Stearns Co., BNP Paribas, Citigroup, HSBC, JP Morgan, Morgan Stanley, Royal Bank Scotland PLC, UBS AG e a empresa de gestão financeira Markit Group LTD.
A União Europeia (UE) responsabiliza as instituições financeiras de “conspirarem para impedir a entrada de novos negócios de créditos derivados entre 2006 e 2009”.
Durante os três anos em questão, a Deutsche Boerse e o Chicago Mercantile Exchange tinham expectativa de participar do negócio de crédito derivados, dirigido pela Markit Group LTD. Entranto, as instituições precisavam obter as licenças necessárias e os bancos gestores somente autorizaram que a Markit fornecesse uma licença de operação “over-the-counter (OTC)”, inclusive para alguns dos bancos membros da Markit, que se opunham a esta operação.
A UE enviou as acusações detalhando suas conclusões preliminares para os respectivos bancos, acusando-os de conspirar e violar as regras de concorrência da UE, que proíbem acordos anticompetitivos.
Um artigo recente do Money Morning sugere que os respectivos bancos estão sendo notificados novamente para gerir suas operações com prudência. Mais um vez seus nomes podem ser manchados.
Apesar deste panorama, não existem apenas más notícias para essas instituições financeiras. Elas têm fundos suficientes para pagar suas possíveis multas e nenhum dos envolvidos corre o risco de prisão caso sejam condenados. Esse tipo de impasse é encarado como apenas um negócio para os grandes bancos.
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