Quando milhares de policiais desceram recentemente sobre uma pequena cidade no sudoeste da China, eles iam em ajuda do chefe da empresa de construção que tinha relações estreitas com altos oficiais do Partido Comunista Chinês (PCC). Liu Canglong, presidente do grupo Sichuan Hongda, cultivou estas relações em festas e eventos sociais privados desde a década de 1990.
Na semana passada, os protestos finalmente obrigaram as autoridades locais a suspenderem a construção da refinaria de liga de cobre-molibdênio na cidade de Shifang, província de Sichuan, mas não até que a polícia de choque tivesse rachado alguns crânios.
Uma fonte anônima disse ao Epoch Times que a empresa de construção civil tem relações estreitas com altos oficiais do PCC.
Em 2011, Liu Canglong foi classificado como o No. 32 na “Lista dos Ricos” da China, uma relação dos indivíduos mais abastados no país publicada pelo Relatório Hurun. Seu patrimônio líquido totalizava 24 bilhões de yuanes (3,79 bilhões de dólares). Liu tinha relação estreita com o atual chefe de segurança pública chinesa Zhou Yongkang quando este serviu como secretário do Comitê Provincial de Sichuan de 1999 a 2002.
Outra fonte da cidade de Chengdu, na província de Sichuan, que preferiu ser conhecido somente como Sr. Wang, disse ao Epoch Times que a empresa de Liu construiu o Hongda Golden Bridge Hotel em 1996 e que Zhou era um cliente habitual. “O hotel tem um centro de entretenimento e uma sala de karaokê de luxo privada”, disse Wang. O Hotel de Liu era provavelmente um ponto de encontro comum e contato com altos oficiais do PCC, segundo Wang.
Essa informação surge logo depois de relatos de que a polícia de choque que violentamente reprimiu os protestos em Shifang eram forças especiais da Polícia Armada do Povo (PAP), que é supervisionada por Zhou Yongkang.
Zhou Xiaohui, um comentarista online para a edição chinesa do Epoch Times, escreveu recentemente que Liu tem mantido relações com tais altos oficiais como Jia Qinglin, um membro do Comitê Permanente do Politburo, e Huang Xiaoxiang, o vice-governador da província de Sichuan.
O comentarista escreveu que num “ambiente de negócios com características chinesas” é inevitável que executivos de empresas se esbarrem com oficiais do PCC. “Qualquer empresa privada, especialmente as que querem se tornar grandes, devem manter uma boa interação com os oficiais e autoridades locais.”