Conexão do chefe da Controladoria de NYC com campanha de ódio de Pequim

29/06/2012 03:00 Atualizado: 29/06/2012 03:00

Li Huahong, a líder de uma campanha de ódio contra praticantes locais do Falun Gong, grita obscenidades para os adeptos durante um desfile em Flushing, Nova York, em 28 de abril. Li e seus associados frequentemente atacam os praticantes física e verbalmente em Flushing. (Benjamin Chasteen/The Epoch Times)NOVA YORK – Uma pequena mesa estabelecida na principal avenida de Flushing é o nexo de um conjunto complexo de relações entre o Partido Comunista Chinês (PCC), o chefe da Controladoria da cidade John Liu e uma campanha de ódio contra um grupo espiritual.

A mulher por trás da mesa na maioria dos dias é Li Huahong, ela foi presa várias vezes por agressão em Flushing. Li é atualmente alvo de um processo por supostamente bater num transeunte que tentou ajudar um praticante do Falun Gong que era atacado por Li.

Embora quase ninguém pare, ela arranja a mesa para divulgar a propaganda de ódio que ataca o Falun Gong (também conhecido como Falun Dafa) no estilo usado pelo regime chinês desde que lançou sua campanha de perseguição em 1999.

Os materiais que ela distribui em Flushing incluem uma série de alegações falsas embora provocativas, incluindo que um praticante do Falun Gong matou alguém do lado de fora da biblioteca de Flushing em 2009. Numa entrevista anterior, Shen Rong, um parceiro de Li, disse que a alegação de assassinato era “obviamente um exagero”. De fato, nunca houve relatos sobre tal incidente.

Bryan Edelman, um consultor legal sênior do Instituo de Pesquisa Jurídica de São Francisco e autor de artigos sobre o Falun Gong em jornais de advocacia, não acha que as ações sejam uma extensão de uma organização de fachada criada para difamar o Falun Gong que possa estar por trás da mesa em Flushing.

“Eu acho que é razoável supor que qualquer tentativa organizada de exercer pressão sobre o Falun Gong dentro dos EUA pode ser rastreada até a China”, escreveu ele em resposta a uma pergunta anterior sobre o tema.

“O apoio chinês a esses grupos oferece alguma compreensão no nível de paranoia dentro do PCC e da magnitude de seus esforços para eliminar o Falun Gong, tanto interna como internacionalmente”, escreveu Edelman.

Indo às ruas

Li Huahong também foi uma das principais protagonistas de um ataque de oito semanas a praticantes do Falun Gong nas ruas de Flushing em 2008 quando John Liu, o atual chefe da Controladoria da cidade de Nova York, era membro do conselho do distrito.

O então cônsul-geral chinês Peng Keyu foi mais tarde flagrado numa conversa telefônica admitindo ter instigado os ataques. A mesa de propaganda de Li com propaganda anti-Falun Gong carrega mensagens pró-John Liu até hoje.

Quando perguntado se John Liu apoiou a abertura do estande de propaganda anti-Falun Gong, Shen Rong disse, “Sim, sim, sim” e “Ele [Liu] apoia nossas justas ações”, numa entrevista anterior por telefone.

Li foi recompensado este ano por suas ações numa cerimônia pouco conhecida que traz o Partido Comunista à porta de Flushing.

Durante uma cerimônia de premiação do Ano Novo Lunar chinês comemorado no bairro chinês em Flushing, um oficial introduzido como Zhu Yibiao, um oficial importante do poderoso aparato de segurança pública da China, o Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL), deu a Li um ‘Prêmio por Lutar Ousadamente’.

Quando perguntado sobre o prêmio numa entrevista por telefone, Li ficou agitado e perguntou, “Como você ousa fazer essa pergunta?”

Conexões

“Nós obtivemos informações muito confiáveis de que essa pessoa [Zhu Yibiao] ficou hospedada com a família de Jenny Hou em Great Neck, Long Island”, disse Wenyi Wang, diretor executivo da ‘Fundação de Apoio aos Chineses que Renunciam ao Partido Comunista Chinês’.

Jenny Hou, ex-tesoureiro da campanha eleitoral de John Liu, foi preso e acusado em 28 de fevereiro de conspiração para cometer fraude eletrônica, tentativa de fraude eletrônica e obstrução da justiça.

De acordo com entrevistas na comunidade chinesa, é amplamente difundido que Mei-Hua Ru, o organizador da campanha de John Liu, vive com Hou Jianli, o pai de Jenny Hou.

Hou Jianli é o presidente da Associação Nova York-Pequim, bem conhecido por suas conexões com o continente e com o consulado chinês de Nova York. Hou também organizou uma viagem à China com John Liu em 2007.

“É muito óbvio que o que acontece em Flushing é parte do plano do Partido Comunista, liderado por altos oficiais comunistas de Pequim e por Zhou Yongkang mesmo”, disse Wenyi Wang.

Zhou Yongkang é o chefe do CAPL na China, que é bem conhecido por seu fervoroso zelo em torturar, realizar lavagem cerebral e matar praticantes do Falun Gong. Foi relatado que Zhou está numa posição política frágil por sua colaboração com o oficial recém-deposto Bo Xilai e por sua relutante insubordinação à liderança do presidente Hu Jintao.

Zhou Yongkang foi processado fora da China por crimes contra a humanidade. Os atos de Zhou ajudaram-no a ganhar posições críticas dentro do Partido Comunista sob o apoio do iniciador da perseguição, o ex-líder chinês Jiang Zemin. O CAPL supervisiona todo o sistema legal da China e está encarregado, acima de tudo, de suprimir inimigos do Partido Comunista.

Promovendo a violência

Li e seus associados frequentemente atacam praticantes do Falun Gong física e verbalmente e encorajam outros imigrantes chineses a se juntarem a eles prometendo benefícios financeiros.

Dois anos atrás, uma mulher cujos dois filhos estavam servindo no Iraque foi uma das vítimas.

“Você pode imaginar como seus filhos se sentiram ao voltar do campo de batalha para encontrar sua mãe sendo ameaçada e maltratada por bandidos chineses do Partido Comunista aqui em Nova York”, disse Levi Browde, o porta-voz do Centro de Informações do Falun Dafa. “Sejamos claros: esta mesa é uma representante de uma potência estrangeira comunista visando perseguir pessoas aqui nos EUA.”

“Você pode ver que é a cultura do Partido Comunista de promover a violência e eles querem exportar essa cultura para os EUA”, disse Wenyi Wang. “Nós continuaremos a buscar justiça contra Li Huahong e esta organização por espalharem violência e ódio.”

O Falun Gong foi introduzido ao público na China em 1992 e pelo final dos anos de 1990 era a prática de qigong mais popular da nação, com mais de 100 milhões de praticantes. Muitos altos oficiais e suas famílias o praticavam.

Desde que Jiang Zemin lançou a perseguição em 1999, mais de 3.500 praticantes foram mortos na China, segundo o Centro de Informação do Falun Dafa. Mas considera-se que o número real seja muito maior.

Com reportagem de Matthew Robertson.