Apesar da morfologia e do tamanho similares, as chitas galopam mais rapidamente que os cães sem esforço aparente.
Um novo estudo fornece pistas para as diferenças mecânicas que possibilitam que estes felinos atinjam a velocidade recorde de 29 metros por segundo (104,6 km/h).
Cientistas do Reino Unido e da África do Sul compararam o estilo do sprint das chitas de cativeiro com o sprint de cães treinados, para melhor compreender os potenciais limites de velocidade dos animais de 4 patas.
“Chitas e cães são conhecidos pelo galope rotativo e são fisicamente similares, contudo existe uma abissal diferença na velocidade máxima de quase o dobro” refere o co-autor do estudo Alan Wilson do Royal Veterinary College de Londres em um comunicado à imprensa.
Os pesquisadores incentivaram estes grandes felinos a perseguir uma isca ao longo de placas que quantificam a força enquanto filmam a 1000 imagens por segundo. As medições do movimento corporal e os padrões das passadas foram recolhidos, assim como os valores da força dos seus membros.
“As placas medidoras de força são peças de equipamento cobiçadas e bem amadas e normalmente as pessoas levam-nas para fora do laboratório e enterram-nas no chão durante o verão na Inglaterra”, brincou Wilson.
Este processo foi reproduzido tendo como foco os cães. A filmagem foi feita a 350 imagens por segundo.
Surpreendentemente, a velocidade máxima dos cães foi mais elevada que a dos felinos, 19 metros por segundo (68 km/h) em comparação aos chitas, 17,8 metros por segundo (64 km/h).
Analisando os padrões do galope, a equipe descobriu que o das chitas era ligeiramente mais longos e a sua frequência ligeiramente inferior.
Contudo, quando aceleram, os felinos aumentam a frequência do galope de 2,4 e a velocidade de 9 metros por segundo (32,2 km/h) para 3,2 galopes por segundo quando em velocidade máxima. Em contraste, os cães mantiveram a frequência do galope em 3,5 por segundo independentemente da velocidade.
Em liberdade, Wilson crê ser possível às chitas atingirem os 4 galopes por segundo o que explica a velocidade máxima superior. Os felinos em cativeiro não atingiram sequer um valor aproximado às velocidades máximas conhecidas, provavelmente devido à falta de motivação.
“Viveram nos zoos por diversas gerações e nunca tiveram que correr para obter comida”, refere Wilson.” A próxima etapa é tentar realizar estas medições em estado selvagem se quisermos registar velocidades superiores.”
O estudo foi publicado no ‘Journal of Experimental Biology’ a 21 de junho e pode ser encontrad aqui.
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