Comissão Militar Central fecha gabinete do ex-líder chinês Jiang Zemin, diz jornal

05/11/2012 11:08 Atualizado: 05/11/2012 11:08
Jiang Zemin no Grande Salão do Povo em 9 de outubro de 2011 em Pequim, China. (Minoru Iwasaki/Getty Images)

Antes do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês (PCC) na próxima semana, o gabinete do ex-líder chinês Jiang Zemin no edifício do Comitê Militar Central (CMC) foi fechado, segundo o jornal japonês Sankei Shimbun, citado pela BBC em 1º de novembro.

Um informante militar da China disse ao Sankei Shimbun que, depois que Jiang Zemin se aposentou do CMC em 2004, ele manteve o mesmo gabinete espaçoso no edifício com vários secretários particulares. Jiang Zemin visitava frequentemente o gabinete, encontrava-se com oficiais e comandantes militares na ativa, exercendo assim sua influência sobre os militares.

Enquanto a nova liderança do PCC que sucede o líder chinês Hu Jintao e o premiê Wen Jiabao se prepara para assumir o poder, perguntas sobre a existência do gabinete de Jiang Zemin no CMC começaram a incomodar.

O jornal Sankei Shimbun disse que Jiang Zemin, em seus 15 anos no poder desde 1989, promoveu 81 generais, criando seu próprio grupo dissidente no exército. No entanto, nos últimos anos, Hu Jintao expurgou os remanescentes da facção de Jiang Zemin no PCC.

Apenas seis dos atuais 38 generais são afiliados com a facção de Jiang Zemin e cinco deles estão prestes a se aposentar no próximo congresso. O último nomeado de Jiang Zemin restante será Jia Tingan, o ex-secretário de Jiang Zemin e vice-diretor do Departamento Geral de Política.

As mudanças de pessoal militar em outubro garantem que a facção de Hu Jintao tenha o controle sobre os recursos humanos e o comando operacional, enquanto o indicado próximo líder chinês Xi Jinping terá o controle sobre o desenvolvimento da engenharia militar e de armas, segundo o jornal.

Muitas fontes dizem que é muito provável que Hu Jintao sirva mais dois anos como presidente do CMC depois de deixar o cargo de secretário-geral do PCC no próximo Congresso.

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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.