A China é um grande investidor e o mundo sabe isso. Eles gostam de construir edifícios, pontes, aeroportos, fábricas, comboios, condomínios, praticamente tudo. É por isso que o investimento ainda compõe 50% do seu PIB.
Até recentemente, eles também gostavam de exportar e manter a sua moeda estável em relação ao dólar norte americano.
Este processo levou a um crescimento massivo da dívida interna e a um grande aumento das moedas de reserva estrangeira, como é aqui explicado por Nargiza Salidjanova da Comissão U.S – China.
“A China insiste em uma política de câmbio que mantém a sua moeda desvalorizada. Isto requer que o Banco Central da China compre os dólares norte americanos que entram na economia da China, resultando em um enorme acúmulo de reserva de moeda estrangeira.”
Desde abril, o Banco Central da China acumulou U$ 4.4 trilhões em reserva de moeda estrangeira, em sua maioria composta por títulos do Tesouro Norte Americano (U$ 1.3 trilhão), entre outros investimentos ligados aos Estados Unidos.
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Devido ao baixíssimo rendimento dos títulos do Tesouro, a China tem tentado diversificar suas participações na última década, concretizando investimentos ao redor do mundo.
“As companhias chinesas fizeram grandes aquisições nas indústrias de mineração e outras companhias de recursos naturais na Austrália, no Canadá e em partes de África. Marcas chinesas como a Haier (de aparelhos domésticos), a Huawei (de telecomunicações) e a Lenovo (de computadores pessoais) estão procurando entrar no mercado internacional, em parte através de investimento direto no estrangeiro”, escreve Slidjanova.
A Heritage Foundation tem monitorado os investimentos da China (U$ 870 bilhões até ao fim de 2014) e conseguiram representá-los da seguinte forma:
O South China Morning Post criou outro gráfico interessante, e uma versão interativa pode ser vista aqui:
Os analistas ainda acreditam ser muito difícil para China livrar-se do acúmulo de títulos do Tesouro, porque é simplesmente enorme. “Investir em títulos de outros governos é outra possibilidade, ainda que os esforços chineses para diversificar além dos ativos norte americanos de forma significativa têm sido impedidos por uma contínua fraqueza econômica global e pela escassez de mercados profundos o suficiente para absorver os trilhões da China”, escreve Salidjanova.
Em princípio, isto é verdade, mas agora o investimento direto no exterior (U$ 870 bilhões) cresceu para dois terços do valor oficial dos títulos do Tesouro (U$ 1.3 trilhão). E como o câmbio estrangeiro continuou crescendo até o início de 2013, as participações chinesas em títulos norte americanos passaram a compor um percentual menor do total de ativos.
Além disso, a China investiu fortemente em ouro e poderá em breve revelar um número muito maior que o reportado anteriormente, que pode chegar até várias centenas de bilhões em reservas de ouro.