O cursinho se tornou um lugar de repetição. “Decore isso para o vestibular”. “Vocês tem que aprender isso porque o vestibular cobrará”. São duas lições que aprendemos: Copiar e Repetir, sem questionar. E se questionar, o ostracismo dos próprios alunos e o professor abusando de discurso de autoridade balbucia “Bom, eu sou professor, quer saber mais que eu?”. Pais prestem atenção onde colocam seus filhos.
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Pessoas escutando diariamente, em diferentes matérias, o quanto o capitalismo fez “mal” a sociedade. O Lucro é condenável, ganhar dinheiro é mais valia. Enche a boca para dizer que é o melhor colégio, pois aprovam X pessoas, só em medicina. Vocês estão levando seus filhos para serem doutrinados, não para serem ensinados.
Escuta-se, em aulas de humanas, por exemplo, que: “Para existir um pobre, tem que existir um rico”, ou um chavão até mais clássico, como: “A revolução industrial só aumentou a miséria humana!”. Se contestar isso, em sala de aula, você é o coxinha burro que o professor enche a boca e diz “Você quer saber mais de história que eu?”. É, abaixe a cabeça e copie, afinal, é o que você está acordando todos os dias para fazer.
Quando se passa do vestibular parece que é diferente. Você vai estudar por conta própria, vai estudar para ter o futuro, de fato. Não, não muda. Fica até pior. Professores mais arrogantes que usam ainda mais o argumento de autoridade e te marcam se você ousa questionar-los. Um episódio que ocorrera comigo, na aula de ECONOMIA I – sim, na faculdade -. O professor, cujo nome não irei citar, dizia “com a economia neoliberal, o Fernando Henrique Cardoso, faria isso ou aquilo”. Eu, como libertário, levantei a mão e falei “Professor, o FHC usou medidas de cunho social democrata, pela criação de órgãos reguladores para tudo aquilo que privatizou, mais a ampliação de programas sociais e afins, por isso que ele nao pode ser considerado neoliberal”. O professor, simplesmente, em vez de responder, contrapondo o argumento, apenas disse “Fica quieto, guri, você não sabe de nada.”. É, para que ter argumentos se passou em concurso e virou professor, né?
Universidade, um lugar criado para se pensar, virou um lugar de militantes, repetidores de cartilha de partidos de esquerda. Não se vai para a faculdade por gana aos estudos, mas sim para não ter que ir trabalhar e/ou pressão dos pais. Salvo raras exceções, a universidade virou reduto de militantes e pessoas que vão apenas pela festa. Isso é reflexo do proprio método de ensino superior, educação básica e o desencorajamento na meritocracia. Você vê que uma biblioteca de uma universidade tem prateleiras cheias de assuntos como o marxismo, e dois ou três livros liberais perdidos no meio.
Estudar, no Brasil, é feito de heróis. Estudar para que? Temos bolsa-familia. Trabalhar para que? Temos bolsa-presidiário – maior que o salário mínimo. Meritocracia? Isso é coisa de burguês. Lamentável até onde se chegou o pensamento do Estado Babá. Uma sociedade que se baseia em implorar ao Estado para consertar os próprios erros está fadada ao fracasso.
A educação se torna doutrinação, quando se é regulada por um órgão governamental. Monopolizam o jeito de se ensinar, por exemplo, não se pode ensinar os filhos em casa, é considerado ilegal. Lugar de criança é na escola. Na escola que eu, Estado, escolherei o método usado e direi que é melhor para você, porque, afinal, eu sei melhor do que você aquilo que é melhor para você. Controla-se tudo. Desde o primeiro livro que o colégio disponibiliza, até a bibliografia utilizada nas suas aulas de faculdade. Sim, é obrigatório ensinar tal matéria com “tal conteúdo” e de “tal forma”.
Chega de controlar. Deixe a educação ser livre. Deixem os pais ou até os proprios filhos escolherem o que vão estudar, ou até mesmo deixar os pais ensinarem seus filhos em seus proprios lares. Chega de um padrão de ensino, chega de um padrão onde não força a meritocracia e desenvolva a vontade de aprender. Chega de escutar e repetir. Não necessitamos aprender as mesmas coisas que todos, portanto, aprenda aquilo que você tenha gana e no que és melhor. Não deixem que o Estado tome, de vez, a nossa liberdade. Não estraguem a juventude, não permitam que o Estado estrague a vida de seus filhos.
Não se deixem pegar pega síndrome de Estocolmo, reajam. Estudantes que não se conformam com os discursos de seus professores, não aceitem, enfrentem. Vocês não estão sozinhos, liberais estão dominando todos os cantos. Defenda o que você acha certo, mesmo que seja o único que defenda.
“Ideias e somente ideias, podem iluminar a escuridão” – Ludwig Von Mises.
Lucas Pagani é estudante e colunista do Instituto Liberal
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