As empreiteiras que estão na cadeia pela roubalheira na Petrobras são as mesmas que construíram os estádios da Copa 2014, bem como as obras de infraestrutura, e são as mesmas que estão construindo os Jogos Olímpicos de 2016. Tudo turbinado por financiamento fácil do BNDES, a ser quitado sabe-se lá quando, porque naquele banco público tudo é sigiloso, nem o TCU consegue saber as condições. E a Oposição não tem coragem de mostrar esta estreita ligação, porque também recebe doações desta laia.
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Hoje (7) a Folha publica uma matéria informando que os números oficiais do governo federal mostram que a iniciativa privada arcou apenas com 7,2% do custo dos estádios construídos e reformados para a Copa de 2014. O projeto propalado pelo Governo Federal era de que 100% das obras viriam de PPPs.
Segundo o jornal, ao todo, foram gastos R$ 8,384 bilhões em estádios. A maior parte desse investimento saiu dos cofres de prefeituras, governos estaduais e do Distrito Federal. Somando as 12 arenas, o poder público bancou 47% (R$ 3,956 bilhões) do total gasto em obras nos locais que receberam jogos do Mundial no ano passado.
O restante dos recursos veio de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Uma linha de crédito, criada especialmente para a Copa, garantiu R$ 3,816 bilhões, ou 46% do valor total gasto na construção dos estádios que foram usados no Mundial. A iniciativa privada gastou R$ 611,6 milhões.
O Governo Federal diz que os empréstimos serão pagos, tirando o seu corpo fora. Mas o modelo montado empurrou para estados e municípios os custos de obras no entorno, que hoje penam para pagar as suas despesas de custeio.
Um exemplo da catástrofe da Copa em termos financeiros é Brasília. O estádio Mané Garrincha foi superfaturado em R$ 400 milhões pelo governo petista de Agnelo Queiroz, segundo o TCE. O povo não aceitou e derrotou o petista que buscava reeleição. Ao final do seu mandato corrupto, Agnelo deixou R$ 60 mil em caixa e não há dinheiro para merenda de crianças nas escolas e para pagar a internet de postos de saúde. Nem Carnaval de rua a capital federal terá por falta de dinheiro.
Ainda há tempo de impedir boa parte da roubalheira dos Jogos Olímpicos 2016. Ou o evento vai repetir a mesma roubalheira do Pan do Rio de 2007 que, oito anos depois, vê as principais obras virando sucata sem que as contas jamais tenham sido fechadas.