Geneticistas da Universidade de Washington creem que a origem de ambas provenha de uma população neolítica que migrou há 9 mil anos
Um estudo de DNA mostrou que a população da civilização minoica que viveu em Creta há cinco mil anos provém de uma população neolítica que tem compatibilidade genética com os habitantes europeus modernos.
O Dr. George Stamatoyannopoulos, médico e professor da Universidade de Washington e principal autor da pesquisa, sugere que a civilização minoica venha da mesma população que viveu no local antes da Idade do Bronze de Creta, informou a Universidade.
Segundo ele, os minoicos provavelmente eram descendentes dos primeiros humanos que chegaram à Creta há 9 mil anos e têm grande similaridade genética com as populações europeias modernas.
“Nossa análise de DNA mitocondrial mostra que as relações genéticas mais fortes dos minoicos são com os seres humanos do Neolítico, assim como os europeus antigos e modernos”, disse o professor.
“Cerca de 9 mil anos atrás, houve uma grande migração de seres humanos do Neolítico das regiões da Anatólia”, acrescentou ele. Hoje, essa região corresponde a partes da Turquia e do Oriente Médio. Ao mesmo tempo, durante este período migratório, chegaram os primeiros habitantes neolíticos em Creta.
“Os resultados sugerem que a civilização minoica surgiu há 5 mil anos em Creta de uma antiga população neolítica que havia chegado à região cerca de 9 mil anos atrás”, disse o professor.
“Nossos dados sugerem que a população neolítica que deu origem aos minoicos também migrou para a Europa e originou os povos europeus modernos.”
No estudo, a equipe analisou 37 esqueletos encontrados numa caverna localizada no planalto Lassithi na Ilha de Creta. Comparou-se o DNA com amostras de 135 populações humanas modernas e antigas.
Nestes minoicos, detectaram-se 21 variações do DNA mitocondrial, das quais seis eram exclusivamente minoicas e outras 15 eram compartilhadas entre as populações antigas e modernas. Nenhum deles tinha variações características das populações africanas, destacou o relatório da Universidade.
A maior parte do DNA foi semelhante ao das populações europeias, especialmente da Europa Setentrional e Ocidental. Estas semelhanças, no entanto, foram baixas com as do Norte de África, mas aumentaram à medida que penetravam no Oriente Médio, Cáucaso, ilhas do Mediterrâneo e Sul da Europa. Há também muitas semelhanças entre os minoicos e a população grega.
Anteriormente, em 1900, o arqueólogo Arthur Evans nomeou os minoicos como tal ao relacionar os desenhos do Palácio de Knossos em Creta com as imagens do Rei Minos na Grécia e a lenda do minotauro, além da semelhança entre os objetos encontrados com aqueles do Egito e Líbia. Ele propôs na época que esses minoicos migraram do Norte da África e hoje a genética descobre a realidade.
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