Citados por tráfico de pessoas, China e Rússia se enfurecem

24/06/2013 16:30 Atualizado: 12/11/2013 20:53
Priosioneiras caminham escoltadas por uma guarda numa prisão em Nanjing. O sistema de prisão laogai é apenas um dos problemas do tráfico de pessoas observado pelos EUA na China (STR/AFP/Getty Images)

A China e a Rússia rejeitaram recentemente as acusações de má gestão do tráfico de pessoas, alegando “arbitrária e inaceitável” a metodologia e a avaliação dos Estados Unidos.

Anteriormente, o Departamento de Estado dos EUA publicou um relatório sobre o tráfico de pessoas, que rebaixou a China e a Rússia de nível 2 da lista de segurança para o nível 3, nivelando esses países com o Sudão, a Coreia do Norte, a Síria e o Irã. O tráfico de seres humanos é um termo genérico que inclui: trabalho forçado infantil, servidão doméstica involuntária, servidão por dívidas, crianças-soldados e tráfico sexual.

A Rússia afirmou que os EUA haviam agrupado países em camadas de amizade em relação a Washington, segundo um comunicado do delegado para os direitos humanos Konstatin Dolgov do Ministério das Relações Exteriores russo, que falou de sua indignação pela questão ter sido abordada.

De acordo com o site do Departamento de Estado dos EUA, o status é determinado pelas ações do país na luta contra o tráfico humano dentro de suas fronteiras e sobre a proliferação desse tráfico segundo relatos de diplomatas e agências norte-americanos. O relatório dos EUA observou que a China e a Rússia fizeram esforço mínimo para combater o tráfico humano, mas acrescentou que as iniciativas tomadas foram “ad-hoc” e careciam de um sistema concreto de punição e tratamento de todas as formas de tráfico.

A mudança de status será provável acompanhada por um pacote de sanções dos EUA sobre a China e a Rússia. Os EUA podem suspender a ajuda externa não-humanitária e não-comercial e negar qualquer assistência oferecida pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.

O porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying disse que os EUA deveriam ser mais objetivos e parar de fazer “julgamentos arbitrários”.

O relatório apontou a política do filho único da China, a prática comum de abortos forçados e a cultura de valorizar os meninos em detrimento das meninas, que cria um desequilíbrio de gênero e agrava o tráfico de mulheres e a prostituição.

Outra contribuição para a classificação de nível 3 foram os campos de trabalhos forçados chineses, conhecidos como ‘laogai’, onde dissidentes e prisioneiros da consciência são reeducados por meio do trabalho forçado, produzindo desde bichos de pelúcia a alimentos embalados e inúmeros outros produtos em condições anti-higiênicas e brutais.

A mudança de posição é entendida como uma alerta para a ação, disse o secretário de Estado norte-americano John Kerry. Ele também afirmou numa entrevista ao vivo na quarta-feira (19) que países de nível 3 são duas vezes mais propensos a tomarem medidas mais firme sobre o tráfico humano.

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