Desde que o regime chinês começou sua campanha contra a disciplina espiritual do Falun Gong, cinco membros da família Chen da província de Hebei morreram como resultado da perseguição. Em 5 de agosto, o sexto membro da família, que também pratica o Falun Gong, teria sofrido duas fraturas na coluna vertebral enquanto sob custódia da polícia e está impossibilitado de andar.
De acordo com o Minghui.org, um site mantido por praticantes do Falun Gong que reporta sobre a perseguição, Chen Shulan foi presa pela polícia da delegacia de Songyuan no distrito de Changping em Pequim. Ela foi acusada de contar a alguém sobre a perseguição ao Falun Gong na China.
Não há qualquer lei na China contra a prática do Falun Gong ou sobre informar às pessoas a respeito da prática e da perseguição promovida pelo regime chinês. Ela foi julgada duas vezes, a primeira em 23 de maio e novamente em 1º de agosto, quando foi condenada a quatro anos de prisão.
Em seu segundo julgamento em 1º de agosto, no Tribunal Distrital de Changping, um guarda constantemente gritava abusos a Chen, proibindo-a de virar-se para olhar a própria filha. Após o julgamento, Chen foi arrastada para um elevador, enquanto vários guardas seguravam sua cabeça para baixo para impedi-la de falar ou ver a filha ou outros familiares.
Quatro dias depois, a filha de Chen recebeu um telefonema do centro de detenção, pedindo-lhe que preenchesse uma papelada para poder visitar Chen no Hospital da Polícia de Pequim. No entanto, quando a família e o advogado chegaram ao hospital, os funcionários se recusaram a deixa-los ver Chen.
Eles foram informados de que Chen tinha sofrido duas fraturas na coluna vertebral e ficou incapacitada de andar ou sentar-se numa cadeira de rodas. O funcionário afirmou que as lesões eram resultado de uma viagem atribulada do tribunal para o centro de detenção.
Estes são os mais recentes desastres sofridos pela família Chen devido à campanha de perseguição ao Falun Gong, que o ex-líder chinês Jiang Zemin lançou em 20 de julho de 1999 e que perdura desde então.
Jiang Zemin temia o número de pessoas – cerca de 100 milhões – que praticavam o Falun Gong e também receava que as crenças da disciplina espiritual fossem mais atraentes ao povo chinês do que a ideologia do Partido Comunista Chinês. Praticantes do Falun Gong vivem de acordo com os princípios da verdade, compaixão e tolerância e se esforçam para se tornarem pessoas melhores.
De acordo com o Minghui, em 28 de novembro de 2000, mais de 20 agentes de segurança cercaram e invadiram a residência dos Chen, ameaçando-os de levarem-nos para campos de trabalhos forçados. Chen Aizhong, o irmão mais velho de Chen Shulan, foi torturado no Campo de Trabalhos Forçados de Hehuakeng, localizado na cidade de Tangshan, província de Hebei, e morreu em 20 de setembro de 2001 como consequência dos abusos que sofreu.
Sua irmã mais nova Chen Hongping foi violentamente espancada e teve ambas as pernas quebradas no Campo de Trabalhos Forçados de Gaoyang. Ela morreu em 5 de março de 2003 devido aos ferimentos. Seu outro irmão, Chen Aili, morreu em 5 de novembro de 2004 na Prisão Jidong no condado de Fengnan, cidade de Tangshan, como resultado de torturas.
Para evitar novas perseguições, Wang Lianrong, a mãe de Chen Shulan, foi forçada a sair de casa e viver em condições miseráveis. Ela morreu em 4 de agosto de 2006. Seu pai, Chen Yunchuan, mudou de nome para evitar mais perseguições. Proprietário de um grande pomar e três casas, ele acabou pobre e doente e morreu após ser atropelado por um carro em janeiro de 2009. O motorista nunca foi preso.
Chen Shulan foi presa anteriormente. Ela recebeu uma sentença de sete anos e meio anos de prisão em 2002 e foi solta em 2010. No momento da detenção de Chen, sua filha Li Ying tinha apenas 10 anos. O pai, devido à pressão exercida sobre a família, se divorciou dela. Li Ying teve de viver num orfanato por dois anos até que familiares pudessem assumi-la.