Verificou-se que pacientes com doenças renais crônicas apresentam sinais de envelhecimento mais rápido e uma diminuição desta substância
Uma pesquisa feita por cientistas espanhóis descobriu que o rim produz uma substância chamada Klotho, que exerce no organismo a função de retardar o envelhecimento. Nos pacientes com insuficiência renal crônica, esta está diminuída pela inflamação causada pelas citocinas.
O aumento do número de pacientes submetidos à diálise por insuficiência renal crônica, e que mostraram sinais de envelhecimento acelerado com manifestações externas como evidência, motivou quatro grupos de pesquisadores da Rede de Investigação Renal (REDinREN), pertencente ao Instituto de Saúde Carlos III, do Ministério da Ciência e Inovação, da Espanha, a realizar os estudos respectivos.
A pesquisa foi codirigida pelo Dr. Alberto Ortiz e pela Dra. Ana B. Sanz e publicada no periódico JASN (Journal of American Society Nephrology) em 28 de marco de 2011.
A equipe científica com pesquisadores do Hospital de Córdoba e Astúrias estudou o comportamento do Klotho em camundongos com crise renal aguda.
O declínio deste hormônio se manifestou nas primeiras horas em que o rim parou de funcionar e a diminuição do Klotho persistiu por mais de uma semana, mesmo quando o rim tinha recuperado a sua função normal, o que surpreendeu os pesquisadores.
Eles identificaram os sistemas que contribuem para a diminuição do Klotho como sendo as citocinas TWEAK e TNF, as quais reduziram a produção deste hormônio em cultura de células do rim em 80% e 60% respectivamente.
A equipe de investigação disse, “este estudo permitirá desenvolver novos tratamentos que retardem o envelhecimento dos pacientes com doença renal e, eventualmente, da população em geral.”
“O bom funcionamento dos rins está intimamente ligado com nosso sangue e nosso coração. A hipertensão e a diabetes mellitus são as duas principais causas de doença renal crônica (ECR)”, disse o Dr. Pedro Castillo, presidente da Sociedade Peruana de Nefrologia, à mídia Rpp.
No Peru, afeta aproximadamente 10% da população, segundo o Dr. Castillo, “o processo [da doença] avança lenta e progressivamente, e quando dura mais de 3 meses é chamado ECR”.
Os médicos recomendam evitar comer muito açúcar e sal, além de substâncias tóxicas, como tabaco, álcool e outras; também destacam unanimemente a importância de realizar atividades físicas saudáveis.