Uma equipe de cientistas da universidade britânica de Southampton publicou um estudo que coloca mais lenha na fogueira do antigo debate entre os que acreditam e os que não acreditam na existência de vida após a morte. Os investigadores afirmam ter encontrado as primeiras evidências científicas que confirmariam que a vida contínua depois da morte.
A equipe de cientistas passou os últimos quatro anos examinando mais de 2.000 pacientes que sofreram parada cardíaca. A equipe descobriu que quase 50% dos que sobreviveram descreveram ter alguma forma de “consciência” depois que terem sido declarados clinicamente mortos. Segundo consenso dos especialistas, o cérebro de uma pessoas se desliga de 20 a 30 segundos depois de ter sofrido uma parada cardíaca e que, por isso, não é possível ter consciência de nada que aconteceu depois disso.
No entanto, os cientistas responsáveis pelo estudo disseram que ouviram de pacientes com parada cardíaca evidências convincentes que mostram que muitos deles vivenciaram acontecimentos reais de até três minutos depois da parada cardíaca e que, além disso, podiam recordar com detalhes suas experiências depois de reanimados clinicamente.
Um dos casos foi de um homem de 57 anos que fez um relato muito convincente do que lhe ocorreu enquanto ele estava em estado de morte clínica. O paciente deu detalhes, que logo foram confirmados, sobre o que os médicos e as enfermeiras fizeram e disseram para reanimá-los; ele disse ter visto e ouvido tudo o que aconteceu de fora do corpo.
Sam Parnia, o doutor que dirigiu a investigação informou que 46% dos sobreviventes vivenciaram uma ampla gama de lembranças mentais, 9% tiveram experiências compatíveis com as definições tradicionais de uma experiência de quase morte e 2% dos pacientes mostraram ter plena consciência e lembrança clara do que viram e ouviram.
Diante desses surpreendentes fatos, Parnia, comentou que os resultados do estudo em seu todo deve inspirar mais investigações sérias, abrangentes e sem preconceitos sobre o assunto.
O doutro Jerry Nolan, editor chefe da revista que publicou o estudo, opinou que “os pesquisadores devem ser felicitados pela realização de um estudo fascinante que abre portas para uma investigação mais ampla sobre o que ocorre quando morremos”.