Somos bombardeados todos os dias pela radiação prejudicial e, surpreendentemente, quase a metade da exposição à radiação nos EUA vem de exames médicos, como raios-X e tomografias computadorizadas. Equilibrando isso temos a radiação da terra, do gás radônio e radiação do espaço. E muitos se preocupam com consequências de desastres como a crise na usina nuclear de Fukushima, no Japão.
Como se proteger da radiação? Comendo sementes de linhaça.
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Um estudo da Escola de Medicina de Perelman, na Universidade da Pensilvânia, descobriu que a linhaça pode ajudar a proteger os pulmões contra os danos causados pela exposição à radiação. Os pesquisadores acreditam que a linhaça também pode ter um papel na proteção de outros tecidos e órgãos saudáveis antes da exposição à radiação e que reduza significativamente os danos, mesmo após a exposição.
De acordo com o principal investigador, Melpo Christofidou-Solomidou, Ph.D., professor adjunto de pesquisa em Pneumologia, Alergia e Divisão de Terapia Intensiva, o estudo demonstra que a linhaça na dieta, já conhecida por sua fonte antioxidante e propriedades anti-inflamatórias, funciona tanto como mitigador, como protetor contra os danos da radiação.
Em várias experiências separadas, os pesquisadores alimentaram um grupo de ratos com uma dieta suplementada com 10% de linhaça, tanto durante três semanas antes de uma dose de radiação de raios-X do tórax, quanto duas, quatro ou seis semanas depois da exposição à radiação. A um grupo controle, sujeito à mesma dose de radiação, foi dada a mesma dieta, mas sem o suplemento de linhaça. Depois de quatro meses, apenas 40% do grupo controle sobreviveu, em comparação com 70 a 88% dos animais irradiados alimentados com linhaça.
Os pesquisadores apontam que a linhaça possui muitas outras qualidades que a torna particularmente atraente como uma proteção contra os danos da radiação e um mitigador da exposição. “A linhaça é segura e, além de muito barata, é prontamente disponível, não há nada que você tenha que sintetizar,” observou o Dr. Christofidou-Solomidou. “Ela pode ser administrada por via oral, tendo portanto uma via de administração muito conveniente. Ela pode ser processada e acondicionada em grandes quantidades. O melhor de tudo é que você pode armazená-la por longos períodos de tempo”, tornando-a especialmente interessante para os funcionários do governo que precisam estocar substâncias radioprotetoras em caso de desastres radiológicos acidentais ou em casos terroristas.
O co-autor do estudo, Keith Cengel, MD, Ph.D., professor adjunto de Radiação em Oncologia na Pensilvânia, EUA, explicou em um comunicado de imprensa que, em casos de desastre nuclear “a grande questão é ‘a preocupação com o bem estar’ – todas as pessoas que não foram expostas mas que estão preocupadas e querem fazer alguma coisa”.
Dr. Christofidou-Solomidou acrescentou: “Mas ela é absolutamente segura.. Na verdade, ela é conhecida por aumentar a saúde cardiovascular … É carregada com ácidos graxos ômega-3 “.
Junto com outros pesquisadores, os autores estão planejando futuros estudos pilotos sobre o potencial da linhaça para a mitigação de danos nos pulmões em pacientes que aguardam transplante de pulmão e aqueles submetidos à terapia de radiação, bem como dos astronautas expostos à radiação no espaço.
Matéria publicada originalmente por Margie King, em www.greenmedinfo.com
Nota do editor. Existem dois tipos de sementes de linhaça: a marrom e a dourada. O falecido professor Sylvio Panizza, farmacêutico-bioquímico, Professor Titular pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade de São Paulo, afirmava que a casca das sementes de linhaça marrom é tóxica para o fígado. É preciso, portanto, pesquisar e informa-se melhor sobre este assunto.