Embora agente pense que os planetas em nosso sistema solar estão estáveis e fixos em suas atuais órbitas, isso pode não ter sido sempre o caso, e talvez possa mudar no futuro.
A Terra poderia um dia colidir com algum outro planeta ou até mesmo ser arremessada para fora do sistema solar. Aqui está uma visão da probabilidade de que a Terra e seus vizinhos possam experimentar perturbações graves.
Previsões apocalípticas por pesquisadores da NASA
Em 1999, os astrofísicos Fred Adams e Greg Laughlin fizeram previsões sobre o futuro de nosso sistema solar. Eles usaram cálculos e simulações para modelar mais de 200 mil possíveis interações entre planetas e outros corpos celestiais dentro dos próximos 3.5 bilhões de anos.
Eles descobriram que:
1. A Terra tem uma chance em 100 mil de ser arremessada para o espaço ou para o sol. Infelizmente, são “chances muitos maiores do que você ganhar na loteria de Michigan”, observou Adams em um relatório da Universidade de Michigan na época. O estudo foi bancado pela Universidade e pela NASA.
Isso seria parte de uma reação em cadeia começando com Júpiter e uma estrela passando. “Júpiter é vulnerável a interações gravitacionais com estrelas passageiras”, disse Adams. “Por causa de sua grande massa, mesmo um transtorno modesto da órbita de Júpiter poderia ter um efeito catastrófico sobre a Terra”.
2. A Terra tem uma chance em 2,2 milhões de ser diretamente ejetada do sistema solar por uma estrela passageira.
3. A Terra tem uma chance em 3,6 milhões de ser capturada por uma estrela passageira.
4. O sistema solar tem uma chance em 300 mil de ser capturado por uma estrela passageira.
Mercúrio poderia ser atirado através do sistema solar como em um Pin Ball
O pequeno planeta mais próximo do sol pode causar estragos no sistema solar em alguns bilhões de anos. Mercúrio tem 1% de chance de se mover em uma órbita alongada, que se cruza com a órbita de Vênus. Mercúrio poderia então correr em planetas vizinhos, incluindo a Terra, ou ser arremessado do sistema solar.
Jacques Laskar e Mickael Gastineau do Observatório de Paris descobriram que a órbita de Mercúrio teve perturbações significantes em 25 dentro de 2501 vezes após a execução de simulações de computador. Suas descobertas foram publicada em Junho de 2009 na revista Nature.
Teoria do Planeta Explodido
O falecido Dr. Tom Van Flandern criou a hipótese de que o sistema solar já teve mais planetas, mas alguns podem ter explodido. Suas hipóteses não foram aprovadas pela comunidade científica.
Van Flandern recebeu seu Ph.D. em astronomia na Universidade de Yale, e seu currículo inclui trabalhos no Observatório Naval dos EUA como chefe de Mecânica Celeste, trabalho como professor em várias universidades Americanas, e trabalho como consultor para o laboratório de propulsão da NASA.
Ele disse que os restos das explosões podem ser encontrados no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Nick Moskovitz, um cientista planetário do M.I.T. e um especialista em cinturão de asteroides, disse a Forbes que não há material suficiente no cinto para se fazer um planeta ou planetas.
Van Flandern citou entre suas evidências um resíduo preto próximo a uma das luas de lenta rotação e outros corpos no sistema solar.
No obituário de Van Flandern (1940-2009), no site da American Astronomical Society diz: “Nos últimos anos, ele defendeu teorias cada vez mais controversas. Mas sua previsão de 1978 de que alguns asteroides têm satélites naturais, que foi universalmente rejeitada, foi verificada quando a Sonda Galileo fotografou Dáctilo, um satélite de (243) Ida, durante seu voo em 1993”.
Ele disse a Jim Richardson e Allen Richardson em uma entrevista publicada em seu livro, “Gonzo Science: Anomalies, Heresies, and Conspiracies”, que ele encontrou as primeiras críticas vindas de membros de seu grupo de pesquisa após apoiar a teoria do planeta explodido. Ele havia refutado a teoria, quando encontrou grande evidência que apoiava ela.
Ele propôs algumas possíveis causas das explosões, incluindo fissão natural, energia térmica gravitacional e mudanças de fase. Mas, segundo ele, um entendimento não claro do mecanismo não significa que a teoria está errada. “Ainda não temos teorias satisfatórias para explosões e supernovas. Temos muitos modelos, mas cada um deles requer um passo ‘milagroso’, geralmente no ponto em que a estrela toda entra em colapso e explode de uma única vez”, disse ele.
O problema é que Van Flandern disse que se a teoria do planeta explodido fosse provada correta, poderia ameaçar as carreiras de muitos especialistas, cujo trabalho baseia-se em outros modelos de campo. “Muitos já me disseram francamente que eles iriam deixar a área e fazer outra coisa para ganhar a vida se a hipótese do planeta explodido fosse provada correta”.
Ele disse, “Não há problema em fazer progresso incremental, mas mudanças de paradigma afetam muitas carreiras e meios de subsistência”.