Evidências de que alimentos caem do céu são mais do que uma lenda. Foi reportado em 2010 pelo ‘Northern Territory News’ que peixes caíram como chuva em Lajamanu, na Austrália, a cerca de 320 km da costa.
Acredita-se que os peixes que são um tipo branco pequeno chamado ‘poleiro reluzente’, são comuns no norte da Austrália. Os peixes estavam vivos quando caíram.
Os residentes de Lajamanu, Maningrida e Hermannsburg falaram ao ‘Northern Territory News’ sobre as suas experiências sobre a chuva de peixes. Um disse que quando era criança, os seus companheiros iam pescar num campo de futebol australiano quando caía peixe do céu.
Os habitantes de Yoro nas Honduras estão habituados a preparar recipientes como baldes e bacias todos os anos durante a época das chuvas entre maio e julho, na esperança da queda anual de peixes do céu.
Embora não haja outros casos tão cíclicos e repetitivos como os de Yoro, a chuva de animais aquáticos, tais como anfíbios e outras coisas ainda mais estranhas ocorreram em outras áreas.
O pesquisador americano Charles Fort (1874 – 1932) despendeu anos estudando chuvas estranhas. Ele recolheu cerca de 60.000 recortes de jornais, revistas e outras fontes sobre ocorrências incomuns. No decorrer de sua carreira, Ford conseguiu registar ocorrências de chuvas de cruzes, moedas, cobras, selos chineses antigos, sangue, rãs, insetos, algodão, óleo e substâncias líquidas.
O ‘Northen Territory News’ citou Ashley Patterson, meteorologista sênior do Serviço Australiano de Meteorologia, que tentou explicar a chuva de peixes na Austrália. A teoria dele não difere da de muitos outros cientistas que acreditam que a sucção das nuvens, trombas de água ou furacões, levaram os peixes que viajaram nas nuvens e caíram novamente, longe dos seus locais de origem.
“Com uma corrente ascendente (os peixes e a água captados) podem ser elevados – até 18.300 ou 21.300 metros”, disse Patterson. “Ou [é] possivelmente o efeito de um tornado sobre uma grande massa de água, mas não tivemos nenhum relato”.
Contudo, na maior parte dos casos esta teoria não parece explicar porque uma espécie particular de animal ou objeto cai do céu. Por que uma corrente de ar escolheria elevar, por exemplo, todas as rãs de uma lagoa sem levar a água, o lodo, as algas e as outras espécies desse mesmo ecossistema?
A explicação torna-se muito menos plausível quando, como no caso da chuva de peixes na Austrália, não existem massas de água próximas e nem se registaram furacões, tornados, no momento ou durante os dias da anomalia.
Alguns tentam também explicar a queda de objetos artificiais de aviões, mas isso não poderia ter acontecido sem que as pessoas vissem os aviões.
Em diversos casos as pessoas têm a tendência de atribuir estes fenômenos a experiências por naves alienígenas ou a portais entre dimensões, onde coisas se materializam repentinamente ou desaparecem dos céus. Em alguns casos o fenômeno foi atribuído a algum “brincalhão cósmico”, fazendo referência a um ser elevado com nada mais para fazer do que divertir-se com as reações dos seres humanos a tais chuvas estranhas.
Até hoje as chuvas materiais não fizeram mais do que gerar dúvidas, visto que esses eventos foram registados em documentos como a Bíblia e nos escritos Egípcios antigos.
Serão elas trombas de água seletivas? Serão fenômenos climáticos perfeitamente explicáveis? Serão mensagens dos deuses? Qualquer que seja o caso, pode não ser apenas uma simples queda d’água.
Chuvas estranhas na história |
Em 1578, caíram do céu sobre Bergen, Noruega , grandes camundongos amarelos. Em janeiro de 1877, a prestigiada Scientific American registou uma chuva que consistia de cobras que mediam até cerca de 20 polegadas, em Menfis no Tennessee. Em fevereiro de 1877, caiu em Penchloch, Alemanha, uma substância amarela e escamosa. A substância era alegadamente espessa, tinha um odor e vinha com o formato de setas, sementes de café e discos redondos. Em dezembro de 1974, durante vários dias choveram ovos cozidos sobre uma escola primária em Berkshire, Inglaterra. Em 1969, choveu carne e sangue numa extensa área do Brasil. Em 1989, bonecas de madeira com as cabeças queimadas ou cortadas caíram do céu sobre a cidade de Las Pilas, na Cantabria. Em 2007, choveram pequenas rãs sobre Alicante, Espanha. Em 31 de Julho de 2008, choveu sangue (alegadamente confirmado por análises laboratoriais) na cidade de Choco na Colômbia. |