Choque de galáxias escondido sob nuvem de gás

03/05/2013 19:20 Atualizado: 06/08/2013 17:24
Imagens do Observatório Chandra detectaram uma nuvem a 300 mil ano-luz que se agita violentamente
A nuvem de gás NGC 6240 revela uma colisão de duas galáxias espirais cujas caudas se estendem para baixo e à direita. Esta imagem contem dados de 2001 a 2011 (Raio-x, NASA/CXC/SAO/E.Nardini et al.; Ótica, NASA/STScI)

Imagens de raios-x do Observatório Chandra permitiram que um grupo de cientistas estudasse a colisão de duas galáxias espirais como a Via Láctea, a 300 mil anos-luz de distância, o que resultou numa quantidade incomum de gás que contem o nascimento de 10 bilhões de sóis.

A nuvem de gás, agora chamada NGC 6240 e localizada na Constelação Ophiuchus, irradia uma temperatura de 6,7 milhões de graus Celsius, informou um comunicado da NASA, encarregada da missão Chandra, que é operada pelo Observatório Astrofísico Smithsoniano de Harvard, Estados Unidos.

Cada galáxia contém um buraco negro supermassivo em seu centro e, nas últimas imagens, eles foram vistos próximos um do outro.

“Eventualmente”, estes dois buracos negros “poderão se combinar para formar um buraco negro maior”, disse o comunicado.

“Outra consequência da colisão entre as galáxias é que o gás contido em cada galáxia individual se agitou violentamente. Isso provocou o nascimento explosivo de novas estrelas que tem durado pelo menos 200 milhões de anos”, informou o relatório do Chandra.

Durante esta proliferação estelar, algumas das estrelas de maior massa se abarrotaram e explodiram com relativa rapidez como supernovas.

Esta onda de explosões de supernovas dispersou quantidades relativamente elevadas de elementos importantes, como oxigênio, neônio, magnésio e silício, no gás quente. “Os dados sugerem que este gás enriquecido expandiu-se lentamente e se misturou com o gás mais frio que já estava lá”, disse a equipe do Chandra.

Durante o período ocorreram rajadas curtas com formação de estrelas. Entre elas, a última observada “durou cerca de cinco milhões de anos e ocorreu há 20 milhões de anos, no período de tempo da Terra”.

Com estas observações, os autores do estudo, que incluem a Universidade de Keele no Reino Unido e a Universidade de Bolonha na Itália, não acreditam que o gás quente seja produzido apenas por estas breves explosões, informou a NASA.

No futuro, no transcurso de milhões de anos, acredita-se que as duas galáxias espirais formarão uma galáxia elíptica. No entanto, não está claro se a quantidade de gás quente contido na mesma se perderá no espaço em torno dela.

A nova imagem da NGC 6240, obtida com o telescópio de raios-x do Chandra, revela uma nuvem de gás quente em cor púrpura.

Quando combinada com dados do Telescópio Espacial Hubble, pode-se ver as longas caudas formadas pela fusão das galáxias, que se estendem para a direita e abaixo da imagem.

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