O governo do Chipre pedirá um resgate da zona do euro, tornando a pequena ilha-nação no Mediterrâneo a quinta a fazê-lo.
“O objetivo da assistência solicitada é conter os riscos para a economia do Chipre, particularmente, os decorrentes do alastramento dos efeitos negativos pelo seu setor financeiro, devido a sua grande exposição à economia grega”, disse o governo num comunicado na segunda-feira, segundo a CNN.
Dos 17 países que utilizam a moeda comum, o Chipre se junta à Irlanda, Portugal, Espanha e Grécia em busca de um resgate.
O índice Fitch de avaliação rebaixou o Chipre nesta segunda-feira para BB+, ou seja, status de “lixo”, depois que o país requisitou fundos.
“O rebaixamento da classificação soberana do Chipre reflete um aumento significativo da quantidade de capital que o Fitch assume que os bancos do Chipre exigirão em relação a sua estimativa anterior”, disse a agência de classificação num comunicado.
Nenhum montante foi mencionado pelo Chipre, mas Fitch indicou que os bancos do Chipre podem precisar de até 5 bilhões de dólares.
O Chipre, com uma população de apenas 1,1 milhões de pessoas, está intimamente ligado à economia grega.
“A perspectiva negativa [sobre o Chipre] reflete, principalmente, os riscos associados a um agravamento da crise da zona do euro, nomeadamente o contágio ainda maior da Grécia”, disse a Fitch.
O pedido surge dias antes de uma cúpula da União Europeia em que a discussão sobre o pedido de resgate da Grécia, recentemente da Espanha e agora do Chipre, muito provavelmente dominarão a agenda.