Embora o Partido Comunista Chinês (PCC) empenhe seu futuro na reforma econômica, o que o povo realmente anseia é uma reforma política e mais liberdade, conforme mostra uma pesquisa online.
Pouco antes do 18º Congresso Nacional do PCC, uma pesquisa de opinião pública intitulada “Pesquisa Online sobre o 18º Congresso” e realizada pela mídia estatal Diário do Povo questionou as prioridades de seus leitores. A prioridade dos questionados era um sistema político democrático (56.414 votos); em segundo lugar, a eliminação da corrupção (36.641 votos); em terceiro, a melhoria das condições de vida (32.410 votos); e, em quarto, o desenvolvimento econômico (12.470 votos).
Xi Jinping, o novo secretário-geral do PCC e outros líderes disseram que se concentrarão em melhorar a condição econômica da nação. Eles não mencionaram nada de substancial sobre uma reforma política democrática genuína.
Entre os comentários mais frequentes deixados pelos internautas estavam questões de subsistência: ganhar a vida e conseguir viver. Eles estavam preocupados com o aumento salarial e pensões, ter o sistema de registro residencial cancelado e ver maior investimento do governo na educação primária.
O Sr. Du, um residente de Shanghai, disse ao Epoch Times que as pessoas têm ansiado pelo 18º Congresso Nacional, esperando por qualquer sinal de reforma política e mostrando pouco interesse por reformas econômicas e sociais.
Sem dúvida, acredita ele, as reformas econômicas melhoraram a vida de muitos. No entanto, sem a reforma política acompanhar a melhora econômica, o poder político foi usado indevidamente para confiscar casas, com os oficiais do PCC essencialmente lucrando com o roubo do público, disse ele.
O Sr. Du diz que a base política do PCC é literalmente como uma “máfia”, sem qualquer justiça no sistema jurídico. A vida das pessoas realmente se tornou pior como resultado do regime totalitário atual, disse ele, e por isso conclui que a China deve passar por uma reforma política democrática genuína.
Xie Chuntao, professor da Escola do Partido do Comitê Central do PCC, escreveu num artigo de opinião recente que a realização de qualquer tipo de reforma política seria mais difícil do que a reforma econômica.
Embora a reforma econômica envolva apenas interesses pessoais, a reforma política teria impactos imensos e de longo alcance sobre os interesses dos líderes e camaradas em diferentes níveis do regime comunista chinês: seria o equivalente ao PCC realizar uma revolução contra si mesmo, disse ele. Portanto, a resistência a qualquer tipo de reforma política é imensa.
Ao analisar o futuro da China, Wu Fan, um comentarista político baseado em Nova York, explicou que há três possíveis cenários futuros para o PCC. O primeiro é avançar com a reforma. O segundo é manter o status quo. O terceiro é recuar e se tornar mais repressivo. O caminho da reforma consiste em reformas políticas, econômicas, culturais e sociais, levar a China numa nova direção, na visão de Wu Fan.
Ele disse que há sinais de Xi Jinping insinuando vontade de reforma, mas o próprio povo chinês, considerando o que já viu até agora, não está muito otimista.
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