Cerca de 2 mil manifestantes chineses se reuniram em Shanghai na quarta-feira 20 de março para protestar contra as autoridades comunistas que, segundo eles, trancaram um grande número de peticionários em Pequim durante as “duas reuniões” anuais que ocorreram recentemente da China.
Toda quarta-feira, o edifício do governo municipal de Shanghai, na Avenida Renmin No. 200, está repleto de peticionários. Muitos têm apelado há anos, mas sem resposta. Eles passam o tempo recontando as injustiças que sofreram, o que chamam de tirania do regime chinês.
O Sr. Zhang, um peticionário de Shanghai, disse ao Epoch Times que a polícia acompanhava de perto os manifestantes, que por sua vez gritavam frases como “Abaixo a corrupção” e “Removam os oficiais corruptos”.
“Havia cerca de 100 policiais no local, com muitos outros policiais à paisana e cerca de 10 viaturas de polícia”, disse ele. “Por volta das 11h, a polícia começou a se mobilizar, mas os manifestantes se recusaram a sair. Quando a polícia começou a prender as pessoas, todos começaram a gritar.”
Durante as “duas reuniões” (o Congresso Popular Nacional e a Conferência Consultiva Política Popular), muitos peticionários de Shanghai viajaram a Pequim buscando reparação por ofensas e injustiças sofridas, mas em vez de serem ouvidos, eles foram detidos pelas autoridades, disse Zhang.
“O número de detidos foi recorde”, disse ele. “Com base em estatísticas incompletas, havia uns 115 cujos nomes conhecíamos. Alguns deles ainda não foram libertados até hoje.”
De acordo com um artigo escrito por um peticionário de Shanghai, funcionários da Secretaria de Cartas e Apelações revelaram que mais de 10 mil peticionários apresentaram queixas no órgão estatal em 5 de março, um número inédito.
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