Chineses ganham força contra o regime comunista

26/05/2012 03:00 Atualizado: 26/05/2012 03:00

Moradores de Chaoyang, na província de Liaoning, apelam pela libertação de Zhang Guoxiang, um praticante do Falun Gong que foi ilegalmente detido para ser submetido a sessões de lavagem cerebral em outubro de 2011, além de ter seus bens confiscados. (The Epoch Times)Enquanto Zhang Guoxiang definha num centro de lavagem cerebral onde as autoridades tentam fazê-lo desistir de sua crença espiritual, provavelmente, ele não sabe que uma vila inteira está arriscando tudo para libertá-lo.

Casos como o de Zhang estão se tornando mais frequentes na China, com pessoas começando a abandonar o medo do regime e defendendo os oprimidos e perseguidos.

Num exemplo corajoso de solidariedade contra a opressão autoritária, moradores de Chaoyang, na província de Liaoning, assinaram uma petição solicitando a libertação do vizinho Zhang, um praticante do Falun Gong que foi ilegalmente detido por sua crença pelas autoridades locais.

Zhang foi detido em seu local de trabalho na cidade vizinha de Dalian em 29 de junho de 2011. Ele foi repetidamente torturado na delegacia de polícia local e sua casa foi saqueada. Policiais à paisana levaram seu laptop, cartão do banco, telefone celular e outros pertences pessoais, bem como uma soma de 6 mil yuanes (945 dólares).

Em 12 de outubro, Zhang foi transferido para a Vila Fushunluotai, um centro de lavagem cerebral na cidade de Fushun, província de Liaoning. Ele permanece detido lá até o momento. Sua mãe idosa e cega ficou sem ninguém para cuidar dela.

Zhang Guobo, o sobrinho de Zhang, escreveu uma carta para os moradores apelando por ajuda, “As pessoas que conhecem meu tio todas sabem que ele é uma boa pessoa […] Espero que todos vocês que são retos e de bom coração possam nos ajudar, e ajudar meu tio a retornar para casa em breve.”

Cerca de 40 moradores posteriormente assinaram uma petição solicitando que Zhang fosse libertado e seu dinheiro devolvido. A petição dizia que Zhang era o único arrimo de sua família, então, ele deveria ser liberado o mais breve possível.

Uma semana depois, com a ajuda de moradores, a mãe de Zhang, o sobrinho, e outros familiares viajaram à Brigada de Segurança Nacional no distrito de Jinzhou, na cidade de Dalian, para apresentar as assinaturas e os selos carimbados. Numa pequena vitória, a maior parte do dinheiro foi devolvida à família. No entanto, Zhang ainda está detido.

Casos como o de Zhang estão despontando em todo o país. Esta semana, o Epoch Times informou que cerca de 300 moradores na vila de Zhoutun, na província de Hebei, assinaram seus nomes para exigir a libertação de um praticante do Falun Gong que foi preso por possuir um CD do Falun Gong em sua casa em fevereiro. A importância deste apelo particular é que os moradores assinaram usando seus nomes reais, suas impressões digitais, e um selo do comitê do Partido Comunista da vila foi posto na petição.

No ano passado, outros chineses apelaram pela libertação de seu amigo Zhou Xiangyang. Sua carta dizia que os guardas e reclusos que lhe torturaram na prisão de Gangbei devem ser investigados e julgados de acordo com a lei. Este caso chamou a atenção da Anistia Internacional, que publicou comunicados de imprensa, alertas de Ação Urgente, e fez lobby para a cobertura da mídia. Catherine Baber, vice-diretora da Anistia Internacional para a Ásia, foi citada num comunicado de imprensa. “Isso mostra que o público chinês está ciente e condena a perseguição de pessoas por suas crenças espirituais. É hora das autoridades chinesas atenderem a esse apelo e acabarem com sua supressão brutal ao Falun Gong“, disse ela.

A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.