A mídia estatal Beijing Evening News informou que a campanha presidencial de Obama-Romney nos EUA foi a campanha mais cara na história dos EUA. No entanto, muitos estudiosos chineses, escritores e cidadãos comuns que manifestaram suas opiniões na internet, denunciaram o comentário como propaganda e uma tentativa de lavagem cerebral.
O escritor Jin Manlou apontou que os fundos de campanha, na verdade, vem de doações por meio da captação de recursos e não de impostos dos cidadãos. Ele também sugeriu que os chineses estariam dispostos a gastar dez vezes mais se pudessem ter uma verdadeira campanha presidencial.
“Algumas grandes mídias nacionais têm comentado que a eleição foi a mais cara na história dos EUA, seus argumentos são insípidos e vergonhosos”, disse Jin Manlou. “O Partido Democrata levantou 1 bilhão de dólares para a campanha de Obama e as despesas efetivas foram menores que 900 milhões de dólares. O Partido Republicano também levantou 1 bilhão de dólares para a campanha de Romney e menos de 800 milhões de dólares foram gastos. Estes valores não têm relação com as reservas financeiras do país ou o dinheiro dos contribuintes. Mesmo que o fundo de campanha de 2 bilhões de dólares fosse todo gasto, ainda é menos do que 13 bilhões de yuanes. Acredito que na China as pessoas estariam dispostas a gastar 130 bilhões de yuanes por uma campanha presidencial”, disse Jin Manlou.
Um internauta assinando como “Democracia é barata” escreveu, “A despesa total de fundos públicos em entretenimento, atividades sociais, viagens ao estrangeiro e automóveis por oficiais do governo chinês de todos os níveis foi de 900 bilhões de yuanes em 2010. Em contraste, uma campanha presidencial média nos EUA custa menos de 3 bilhões de dólares (18,8 bilhões de yuanes). 900 bilhões de yuanes é suficiente para realizar cerca de 50 eleições presidenciais norte-americanas. Como as eleições presidenciais norte-americanas ocorrem a cada quatro anos, os fundos públicos anuais que oficiais do governo chinês gastam em gozo pessoal são grandes o suficiente para cobrir todas as eleições presidenciais por dois séculos. Como é barato o sistema democrático!”
Outro internauta de pseudônimo “Copo de vinho meio cheio” escreveu, “Na história dos EUA, não houve ‘ideologia de Washington’, ‘teoria de Lincoln’ ou ‘rooseveltismo’. Da mesma forma, na Grã-Bretanha, não há nem ‘modelo Thatcher’ ou ‘modelo Churchill’. Nem existe um ‘princípio de Gaulle’ ou um ‘ponto de vista Mitterrand’ na França. Mas o que temos? Temos doutrinas, ideologias, teorias, os ‘Três Representativos’ e um ‘Ponto de Vista do Desenvolvimento Científico’ como guias. O desenvolvimento está em curso há mais de 50 anos, mais de 100 milhões de pessoas ainda vivem abaixo da linha da pobreza.”
Wu Zuolai, um estudioso da cultura (visitando ou vivendo nos Estados Unidos) disse, “Eu fui aos locais de campanha presidencial quatro vezes por dia em pessoa para observar as eleições. Ninguém interferiu com minhas fotografias ou entrevistas. Ninguém se aproximou de mim ou pediu para ver qualquer certificado de jornalista. Ninguém nunca me olhou com curiosidade. Para minha surpresa, não havia qualquer guarda de segurança ou policial.”
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