Projeto do governo de Zhanjiang provoca despejos forçados e demolição de vilas
A recente onda de aldeões chineses matando oficiais do Partido Comunista Chinês (PCC) continua, com um filho indignado dirigindo seu carro sobre um grupo de oficiais do governo e da polícia, após chegar a casa de seu pai quando ele era espancado.
O incidente ocorreu na cidade de Zhanjiang, província de Guangdong, em 22 de maio. Sete pessoas ficaram feridas, três delas gravemente, quando o carro do filho atropelou o grupo e ele saiu com uma faca e atacou o grupo. Um dos chefes de polícia foi morto.
Ao redor do meio-dia de 22 de maio, o vice-chefe do comitê administrativo da cidade, Xiaoxun Lin, e algumas dúzias de oficiais e policiais chegaram à casa de Zhu Huilai numa vila no distrito de Dongshan, cidade de Zhanjiang. Eles tentaram remover as árvores frutíferas de Zhu para abrir espaço para um projeto de fabricação de ferro e aço. Zhu já tinha assinado um contrato sob considerável pressão, concordando em mudar-se de sua casa na vila. Mais de 10 mil pessoas de oito vilas, incluindo Zhu, foram convidados a se deslocarem.
Zhu pediu aos funcionários que esperassem até o fruto amadurecer e ele colhê-los. Lin respondeu, “Eu decido tudo aqui. Como pode você, um indivíduo, prevalecer sobre nós e o governo?” Uma discussão se seguiu antes dos dois homens começarem a lutar fisicamente. Alguns dos outros oficiais e agentes da polícia rapidamente entraram em cena para ajudar Lin bater em Zhu.
“Quando o filho de Zhu voltou dirigindo e viu seu pai sendo espancado, ele dirigiu seu carro em linha reta contra os oficiais. Então, ele pegou uma faca e os esfaqueou. Sete oficiais ficaram feridos”, disse o Sr. Zhu, outro morador da vila e testemunha. Segundo o Sr. Zhu, três oficiais ficaram gravemente feridos, e Deng Weijiang, o vice-chefe da Equipe de Lei e Ordem da Secretaria de Segurança Pública local, foi ferido fatalmente.
“Eles não diriam que alguém morreu oficialmente, e o mandado de prisão expedido não têm qualquer carimbo oficial”, disse o Sr. Zhu.
O filho de Zhu, Zhu Peiren, e sua esposa, foram presos. É dito que Zhu mesmo está foragido. Zhu Peiren foi violentamente espancado segundo os moradores da vila.
O despejo dos moradores do distrito de Dongshan vem acontecendo desde 2008. Vários métodos têm sido utilizados pelas autoridades locais para forçar os moradores a abandonarem suas casas. Muitas vezes, eletricidade e água são cortadas. Mais notavelmente, uma escola primária local foi fechada, forçando 300 alunos a perderem aula por mais de um mês em 2010.
Moradores entrevistados pelo Epoch Times relataram que um total de 49 famílias se recusou a assinar um acordo de realocação. Para os que assinaram, a compensação prometida não lhes foi paga integralmente.
De acordo com várias postagens do Sina Weibo (o Twitter chinês), em 13 de maio de 2011, mais de 500 pessoas do departamento de polícia e do comitê administrativo demoliram à força algumas casas dos moradores. Indignados, moradores da vila de Zhu queimaram quatro carros da polícia.
Episódios similares de matar oficiais do governo têm ocorrido um após o outro recentemente. Em 12 de maio, Huang Shuanglai, chefe de uma vila em Beichen, Tianjin, pagou capangas para baterem num candidato que pretendia concorrer à próxima eleição. Huang, junto com seu cunhado e sobrinho, foram espancados até a morte durante uma luta violenta.
Em 16 de maio, Qin Qiming, um oficial do escritório de imigração local em Guilin, Guangxi, foi morto a facadas por um morador que tentava impedir a equipe de Qin de demolir sua casa.
Em 17 de maio, durante uma demolição forçada, Zhang Bo, o vice-chefe da unidade local de aplicação da lei em Dejiang, província de Guizhu, foi esfaqueado até a morte pela proprietária da casa.
Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.