Renunciei ao Partido Comunista Chinês por causa da perseguição do regime
Cerca de 120 milhões de chineses renunciaram ao Partido Comunista Chinês (PCC) e suas organizações afiliadas desde que o movimento ‘tuidang’ (‘Sair do Partido’) começou em 2004. Em maio, uma mulher ligou para escritório do Epoch Times em Melbourne, Austrália, para apresentar sua renúncia e compartilhar o que testemunhou na China antes de deixar o país.
“Por que devo sair do PCC? Porque ele é extremamente maligno”, disse Shanni, que pediu para não ter seu nome completo publicado.
Ela disse que a perseguição aos praticantes do Falun Gong na China era uma das principais razões de sua renúncia. Shanni ouvi pela primeira vez sobre o Falun Gong em 1997, depois que uma amiga de sua sogra começou a praticar para melhorar a saúde e se tornou muito mais pacífica por causa da prática. “É tão bom”, disse Shanni. “Acho que a verdade, compaixão e tolerância são as coisas mais bonitas para os seres humanos. O desejo por benevolência é universal.”
“Sob tão severa perseguição, eles ainda perseveram”, disse ela. “É muito tocante que eles estejam dispostos a sacrificar suas vidas por sua fé.”
O Falun Gong, também chamado de Falun Dafa, é uma prática tradicional e espiritual chinesa que envolve cinco exercícios simples de meditação e ensinamentos baseados nos princípios da verdade, compaixão e tolerância. O regime chinês proibiu a prática em 1999, depois que uma pesquisa do Estado constatou que 100 milhões de pessoas estavam praticando, mais do que os membros do Partido Comunista Chinês, e, desde então, lançou uma campanha de trabalho forçado, tortura e assassinato para forçar os praticantes do Falun Gong a desistirem de suas crenças.
Shanni condenou a perseguição do PCC ao Falun Gong, “Qualquer um que tenha uma pouco de consciência não pode aceitar isso”, disse ela, “A amiga de minha sogra, uma senhora de 70 anos, foi presa por praticar o Falun Gong. Uma senhora idosa, analfabeta, desarmada […] Vimos com nossos próprios olhos.”
Ela disse que conhecia outra família em que todos foram demitidos de seus postos de trabalho porque praticavam o Falun Gong. “É inimaginável”, disse ela.
Também tem sido exposto que o PCC está usando praticantes do Falun Gong presos como fontes vivas de transplantes de órgãos. Um estudo independente concluiu que as alegações são verdadeiras e os resultados foram publicados no livro ‘Colheita Sangrenta’ de David Kilgour, um ex-membro do Parlamento canadense, e David Matas, um advogado de direitos humanos e conselheiro legal sênior da ‘B’nai Brith Canada’.
O livro menciona que tipicamente há uma espera de vários anos por um transplante de órgão, no entanto, na China, os períodos de espera são muitas vezes de poucos dias. Shanni disse que encontrou isso em primeira mão. Em 2010, seu ex-marido precisava de um transplante de rim. Ela pensou que seria uma longa espera, uma vez que na China, as pessoas são tradicionalmente relutantes em doar seus órgãos e, frequentemente, preservam o corpo completo após a morte.
“Mas meu ex-marido teve um doador muito rápido e fez o transplante. Eu sabia que devia haver um canal secreto para isso, caso contrário, como poderia ser tão fácil encontrar um órgão correspondente?” disse ela, observando que um de seus parentes na Austrália tem estado à espera de um transplante de coração há anos.
Ela também observou que antes de deixar a China continental, ela testemunhou parte da corrupção política em curso. Oficiais extorquiriam propinas, em seguida, se passariam por oficiais honestos enquanto fingiam investigar a extorsão que foram responsáveis.
Shanni disse acreditar que o PCC se aproxima do colapso e que as perseguições contra o povo chinês são devido à insegurança de sua própria liderança. “Apesar de a antiga União Soviética ter sido uma superpotência, ela desmoronou repentinamente. Porque ele está fraco por dentro, ele está cheio de medo”, disse ela. “O PCC se aproxima de seu destino final.”