A comunidade de defesa internacional acompanhou de perto a parada militar do Partido Comunista Chinês (PCC), que celebrava o 70º aniversário da vitória sobre o Japão na Segunda Guerra Mundial. O objetivo da observação não era cobiçar equipamentos sofisticados, mas sim para ver os sistemas de armas que o regime tem mantido escondidos dos olhos do mundo até agora.
Os líderes do PCC declararam de antemão que 84% dos veículos e armas serão exibidos ao público pela primeira vez. Esta declaração parece ter sido feita intencionalmente.
Internamente, o PCC tem contado uma falsa versão da história em que afirma ter desempenhado o papel principal na derrota do império japonês. Na realidade, foi o Kuomintang, que agora é o governo de Taiwan, que fez a maior parte dos combates e que perdeu mais vidas pela China. Quando o Japão se rendeu, eles se renderam aos fuzileiros navais dos EUA, em nome do que é hoje o governo de Taiwan.
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Fora da China, no entanto, essa propaganda falsa não vai longe. Para a maioria dos países, o desfile foi uma demonstração de força que tinha como objetivo chocar o mundo. A maior parte da cobertura na mídia internacional tem se concentrado nas armas que só foram vistas em imagens de satélite ou através de câmaras amadoras sem definição.
E é provável que isto seja exatamente o que os líderes do PCC queriam.
O fato é que o regime chinês planeja vender a maioria das armas em exibição – e qual a melhor maneira de divulgar aos compradores globais, do que chamar a atenção das principais mídias globais, e deixá-las promover seus pontos fortes em seu nome?
Jack Midgley, um especialista em defesa de Deloitte, estava certo. Ele disse à Reuters que o desfile foi para “demonstrar que a China alcançou estatuto de primeiro mundo com suas forças armadas, e para exibir os seus produtos para os compradores estrangeiros.”