China tem um regime autoritário?

30/09/2012 08:30 Atualizado: 30/09/2012 08:30
Parlamentares canadenses abordam a natureza do governo chinês
Elizabeth May, a líder do Partido Verde canadense, disse que não consegue entender por que alguns deputados acham tão difícil admitir que a China é governada por um regime autoritário. (Matthew Little/The Epoch Times)

COLINA DO PARLAMENTO – A China tem um regime autoritário? É uma pergunta simples, mas provoca respostas complicadas.

Manuel Balan, um professor-assistente na Universidade McGill, disse que poderia dar uma resposta longa e complicada, mas forjou-a num simples sim. “De acordo com as atuais definições aceitas, o governo da China é autoritário”, disse ele.

O líder liberal Bob Rae e Elizabeth May foram os únicos deputados capazes de identificar claramente que a China tinha um regime autoritário, apesar de um punhado de outros terem chegado perto.

Tony Clement, presidente do Conselho do Tesouro, disse, “não é uma democracia, isso é certo”.

O parlamentar liberal Scott Brison disse, “Não é um governo democrático e certamente há uma disciplina autoritária no governo. Os chineses têm um sistema diferente de governança e ele é mais autoritário do que o nosso.”

Paul Calandra, secretário parlamentar do ministro do patrimônio canadense, disse que “não saberia” e estava focado em suas funções parlamentares.

O chicote do governo Gordon O’Connor desviou a questão para John Baird, o ministro das Relações Exteriores. Megan Leslie, a crítica do meio ambiente da NDP, disse que precisaria fazer referência a seus livros de ciência política e se informar sobre a situação na China antes de responder.

O líder liberal do parlamento Marc Garneau pediu algum tempo para pensar no assunto, enquanto John Weston, um parlamentar do Tory, disse que era uma pergunta muita ampla para responder de forma breve.

Bob Dechert, o secretário parlamentar de Baird, se recusou a discutir o problema e Brad Butt, outro parlamentar do Tory, disse que não estava qualificado para responder.

Brian Jean, um membro do Tory, também se recusou a responder, mas deu a entender que pensava que a China estava sob um regime autoritário quando disse que havia duas maneiras de vencer um regime autoritário, conquistá-lo ou negociar com ele e que conquistá-lo era uma má ideia.

Pierre-Luc Dusseault, o mais novo parlamentar canadense do NDP, disse que não estava claro se o regime da China era autoritário ou não. “Não é uma questão de preto ou branco”, disse ele.

O parlamentar liberal David McGuinty usou essa mesma frase, mas continuou dizendo que a China era um país em “plena transição”. Listando uma série de mudanças, incluindo reformas econômicas e outras que tinham pouco a ver com decidir se o governo é autoritário, McGuinty disse que o país estava mudando rapidamente.

Paul Dewar do NDP teve uma resposta similar, mas apontou para debates internos no regime como prova de que poderia haver algo acontecendo que moveria a China em direção a maior liberdade. “É um governo que tem sido visto como um modelo autoritário. Eu acho que isso está mudando. Acho que você pode ver isso particularmente no nível municipal.”

Ele disse que a China está sob “comando e controle muito restrito”, mas ele estava esperançoso de que mudanças nos altos escalões do regime se traduziriam em mudança mais ampla.

O regime do Partido Comunista Chinês (PCC) enfrenta atualmente uma mudança da liderança com oficiais de mentalidade reformadora aparentemente obtendo controle mais firme sobre o PCC. Se suas palavras de apoio às reformas se traduzirão em reforma real é desconhecido.

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