Este verão tem sido um dos mais quentes das últimas décadas na província de Jilin, China, e vários municípios enfrentam a perda total de suas colheitas.
Atualmente, Changling, Nongan, Gongzhuling e 10 outros condados agrícolas em Jilin estão enfrentando uma seca severa. A gravidade da seca é comparável à de 1951.
A aldeã sra. Lee da vila de Wanglong, município de Huajia, condado de Nongan, cidade de Changhun, disse ao Epoch Times: “A seca é terrível. Todas as folhas de milho ficaram amarelas. O milho ainda não cresceu totalmente, apenas as pontas podem ser vistas e quase sem miolo.”
Desde 1º de julho deste ano, as chuvas na província de Jilin totalizaram apenas 4,4 polegadas, que é cerca de 48% menor em relação à média do mesmo período em anos anteriores. Este ano teve a segunda menor precipitação na história; o menor volume desde 1951.
Dados do governo indicam que a seca afetou mais de 530 mil hectares de terras agrícolas nas principais regiões agrícolas de Jilin, e não há perspectiva de melhora. De acordo com a previsão do tempo, a precipitação média pode ser tão baixa quanto um terço de polegada por dia.
A sra. Lee acrescentou: “Inclusive o nível da água em nosso poço tem baixado gradualmente. E é suficiente apenas para o uso doméstico. Nossa terra não é irrigada há mais de um mês.” O sr. Sun da vila de Zhen-Chai, no condado de Nongan, disse que toda sua plantação de pepino pereceu com a seca. A imprensa chinesa relatou que dois terços dos talos de milho secaram em algumas cidades, enquanto outros perderam tudo.
Os governos locais não tomaram qualquer medida para resolver este problema e os moradores estão por conta própria. Um funcionário da Secretaria de Grãos de Jilin disse rapidamente ao Epoch Times que a situação “não está clara” e imediatamente desligou o telefone.
Outras províncias impactadas
No verão, um total de 12 províncias, incluindo Shandong, Henan, Shaanxi, Anhui, Hubei, Gangsu e Xinjiang, foram afetadas pela seca. Mais de 5,7 milhões de hectares de terras agrícolas foram afetadas. A província de Henan, por exemplo, está testemunhando a pior seca nos últimos 63 anos com 740 mil pessoas enfrentando escassez de água potável. Na província de Shandong, o valor da safra perdida soma US$ 630 milhões.
Todas estas estatísticas colocam em questão a possibilidade da exportação de alimentos recém-anunciada para a Rússia. Após a Rússia anunciar que pararia de importar alimentos da Europa, dos Estados Unidos e da Austrália, a China imediatamente começou a construir armazéns na fronteira com a Rússia para facilitar o escoamento da produção e o processamento aduaneiro de frutas destinadas à Rússia.