China prevê aumento de 50% no déficit em 2013

04/01/2013 22:53 Atualizado: 04/01/2013 22:53
Um shopping vazio em Pequim (Peter Parks/AFP/Getty Images)

A mídia estatal da China informou que foi estimado que o déficit do Estado deve aumentar em 400 bilhões de yuanes este ano, um aumento de 50%, de 0,8 trilhão de yuanes em 2012 para 1,2 trilhão de yuanes em 2013.

Isso também fará o déficit da China em relação ao PIB saltar de 1,5% em 2012 para cerca de 2,2% em 2013.

O Diário do Povo, mídia porta-voz do regime chinês que anunciou as estimativas, também disse que o número de 1,2 trilhão excedeu o valor anteriormente esperado de 1 trilhão. Outras agências econômicas previram que o déficit de 2013 será ainda maior, ultrapassando 1,3 trilhão.

O aumento do défice orçamental indica que a receita do governo está lutando para manter seus gastos.

A desaceleração da receita foi principalmente devido ao abrandamento do crescimento econômico chinês em 2012 e as tentativas dos governos locais de recolherem receitas fiscais – frequentemente por meios duvidosos, como apropriando terras e inventando impostos e multas – não foram suficientes para aumentar a receita e compensar as deficiências.

De acordo com um artigo no website do Ministério da Fazenda, o vice-ministro das finanças chinês Li Yong informou que durante os primeiros onze meses de 2012, a receita foi de 10,9 trilhões de yuanes, um aumento de 11,9% em comparação com os 9,74 trilhões em 2011.

No entanto, os gastos do governo aumentaram 17,9%, de 10,5 trilhões em 2011 para 12,8 trilhões em 2012, indicando que o déficit aumentou 50% a mais do que a receita.

Entretanto, o regime planeja aumentar suas despesas governamentais por uma ampla porcentagem, mesmo com um aumento ainda maior do déficit da receita. Outros objetivos do regime são manter uma moeda desvalorizada e conter a inflação, segundo Wu Fan, um analista sobre a China que vive atualmente nos EUA e é editor do website China Affairs.

A prioridade do Partido Comunista Chinês (PCC) é garantir que seja capaz de continuar a pagar pela “manutenção da estabilidade”, despesas militares, gastos do PCC e do governo, além de salários e benefícios oficiais, segundo Wu Fan. Depois disso tudo, vem fornecer empréstimos baratos para empresas estatais e manter os gastos com infraestrutura.

Wu Fan diz que o regime comunista chinês enfrenta uma crise, porque não abordou os principais assuntos econômicos necessários para manter o crescimento, que requerem reforma política, algo que o PCC não mostra disposição de fazer.

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