O regime chinês está dando os retoques finais em seu novo míssil antitanque HJ-12. Seus soldados estarão carregando as novas armas que podem destruir tanques modernos de terceira geração e também planeja vender sistemas de mísseis portáteis.
O HJ-12 é uma arma antitanque capaz de atingir tanques até 2,5 quilômetros de distância, segundo o China Daily, a edição em inglês da mídia estatal chinesa Diário do Povo.
A geração anterior de armas antitanque da China foi vista nas mãos de grupos militantes e rebeldes em todo o mundo, inclusive do Estado Islâmico. O vídeo abaixo mostra combatentes islâmicos, supostamente do Estado Islâmico, disparando um míssil antitanque HJ-8 de fabricação chinesa num tanque sírio.
Entre os tanques que a nova arma poderia destruir estariam incluídos os M1 Abrams dos EUA, os T-90 da Rússia e os Tipo 90 Kyū-maru do Japão. Os modernos tanques de terceira geração estavam além das capacidades destrutivas da maioria das armas antitanque disponibilizadas pelo mundo, mas o novo HJ-12 da China pretende mudar isso.
A empresa que fabrica o HJ-12 é a fabricante estatal de armas chinesa NORINCO. A mesma empresa tem fornecido armas para o Sudão do Sul. A mídia Vice News informou em junho que a NORINCO vendeu US$ 38 milhões em “fuzis de assalto, lança-granadas, artilharia antitanque e muitos milhões de balas” para o Sudão do Sul.
As armas têm sido usadas numa sangrenta guerra civil no Sudão que já matou mais de 10 mil pessoas e desalojou 1,7 milhão de civis. A Vice News relatou que os rebeldes estão reclamando sobre o papel da China, dizendo que o regime comunista chinês está “fornecendo armas que alimentam o conflito no Sudão do Sul por meio de seu fabricante de armas”, a NORINCO.
A Vice News informou que as armas utilizadas no Sudão, comumente têm suas marcas de identificação removidas e frequentemente passam por várias mãos.
O HJ-12 também tem uma semelhança curiosa com o míssil antitanque americano FGM-148 Javelin, utilizado pelas tropas americanas. As semelhanças estão no tamanho, no sistema de mira, no método de disparo e inclusive no projeto básico.
As armas usam mísseis antitanque com a característica “fogo-e-esqueça”, em outras palavras, as tropas só precisam mirar e atirar, e não é necessário guiar o míssil após o disparo (algumas armas semelhantes requerem que uma pessoa oriente os mísseis usando laser). Mísseis fogo-e-esqueça também não requerem uma linha direta de visão para atingir seus alvos.
Se o regime chinês vender essa arma, ela pode acabar nas mãos de qualquer grupo militante ou terroristas pelo mundo. Um especialista militar anônimo disse ao China Daily: “Acho que os potenciais compradores serão as forças armadas dos países em desenvolvimento que têm de lidar com os tanques de terceira geração.”
Vídeos que mostram grupos islâmicos usando o modelo anterior do míssil antitanque HJ-8 da China são abundantes.
Este vídeo mostra um grupo de rebeldes na Síria disparando um míssil HJ-8 chinês numa base de artilharia do exército sírio:
Este vídeo mostra rebeldes sírios disparando um míssil HJ-8 chinês num bunker:
Este outro mostra o disparo de um míssil HJ-8 chinês contra um comboio de veículos: