China não vê fim da dependência de energia estrangeira

02/11/2012 11:12 Atualizado: 02/11/2012 11:12
Patronos participam de uma exposição de exploração de petróleo em Pequim em 21 de março de 2012. (Mark Ralston/AFP/Getty Images)

A China é preocupantemente dependente dos estrangeiros para recursos energéticos primordiais, como petróleo e gás, segundo um relatório recente do gabinete de propaganda externa do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Departamento de Informações do Conselho de Estado, também conhecido como o braço da propaganda externa do PCC, publicou um documento recentemente sobre a política energética da China, observando que a dependência do país de fontes estrangeiras de petróleo já alcança 57%.

O documento não propõe qualquer solução fácil para o problema.

O Sr. Fang, um especialista em energia num grande centro de produção de petróleo na China, que falou sob a condição de anonimato, disse numa entrevista por telefone com o Epoch Times que a estabilidade e segurança do fornecimento externo, além do preço, estão fora do controle da China, e para ele isso é motivo de preocupação.

Parte dos objetivos do regime é, portanto, a tentativa de desenvolver recursos energéticos domésticos e também trazer capital privado a bordo para acessar o potencial doméstico.

Este último pode não ser uma estratégia de sucesso na China, segundo Chen Liuqin, um especialista em energia do Instituto de Economia Energética da China, num artigo num website de investimento chinês.

“O capital privado tem problemas ao entrar nos setores de mineração e de recursos, o que torna difícil para ele competir com empresas estatais. Devido a essas limitações, o capital privado não se atreve a entrar neste setor, mesmo quando o governo o incentiva”, escreveu Chen Liuqin.

Combustíveis alternativos não serão capazes de resolver a dependência energética da China, segundo Lin Boqiang, um membro da Comissão Nacional de Energia do Comitê Energético Especial Consultivo.

O “12º plano quinquenal de desenvolvimento energético” do PCC, que vai de 2011 a 2015, propõe lidar com o problema da dependência externa por meio da construção de usinas nucleares. Lin Boqiang diz que as usinas de terceira geração que seriam capazes de desempenhar um papel em satisfazer as necessidades energéticas da China ainda estão em fase de pesquisa e poderiam levar muito tempo até a implementação generalizada.

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