China fala duro sobre ilhas Senkaku

11/09/2012 07:58 Atualizado: 11/09/2012 07:58
O líder chinês Hu Jintao durante uma mesa redonda na APEC na cidade portuária russa de Vladivostok em 9 de setembro de 2012. (Saeed Khan/AFP/Getty Images)

O regime chinês elevou recentemente sua retórica a respeito das reivindicações territoriais sobre as ilhas Senkaku numa série de declarações de líderes comunistas a autoridades estrangeiras e em editoriais da imprensa estatal.

Enquanto encontrava com o primeiro-ministro japonês Yoshihiko Noda no encontro da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC) em 9 de setembro, o líder chinês Hu Jintao severamente aconselhou, “O Japão deve considerar plenamente a gravidade desta situação e não tomar a decisão errada.”

Então, durante um discurso proferido na Universidade de Relações Exteriores da China em 10 de setembro, o premiê chinês Wen Jiabao disse que o regime chinês e seu povo valorizam a soberania nacional e a dignidade mais do que os outros.

“Mesmo num momento de dificuldade, permaneceremos firmes. As ilhas Senkaku fazem parte do território chinês. Quando se trata de questões de soberania e territoriais, o governo chinês e seu povo nunca cedem”, disse ele, segundo a Phoenix Televisão de Hong Kong.

“É muito raro que os dois principais líderes chineses simultaneamente se pronunciem fortemente sobre o tema das ilhas Senkaku”, segundo um dos maiores jornais japonês, o Asahi Shimbun.

O Asahi Shimbun, em sua página na mídia social Sina Weibo, blogou recentemente que “a China apresentou sua mais forte oposição até agora” sobre a compra planejada do Japão das rochosas e desabitadas ilhas Senkaku, que estariam perto de recursos energéticos no Mar da China Oriental.

A mídia estatal chinesa também publicou recentemente um longo argumento com referência ao direito marítimo chinês sobre por que as ilhas deveriam pertencer a China. No entanto, tais argumentos não são corroborados pela comunidade internacional que enfatizou a necessidade de se respeitar os acordos internacionais existentes e do diálogo.

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.