A China emprega dois milhões de pessoas para controlar o uso da internet pelos cidadãos, segundo órgão de Comunicação Social estatal, com o proposito de acompanhar a rede online chinesa.
Os funcionários realizam buscas por palavras-chave para monitorizar dezenas de milhões de mensagens que são postadas diariamente nas redes sociais e nos sites na internet, segundo o jornal Beijing News.
As autoridades de censura da China controlam firmemente os conteúdos online, por medo de instabilidade política ou social que possa desafiar o poder do Partido Comunista Chinês (PCC).
Os policiais da internet são trabalhadores do setor de propaganda do governo e acompanham sites comerciais, noticiou Beijing News. O jornal afirmou ainda que, apesar do grande número, estes censores nem sempre são capazes de prevenir comentários considerados indesejáveis ao governo.
Nos últimos anos, as autoridades proibiram redes sociais como o Facebook e o Twitter, que foram fundamentais para a onda de protestos que ocorreu no Oriente Médio e no Norte da África no final de 2010 e 2011, no que ficou conhecido como Primavera Árabe. No último ano, o PCC bloqueou também o jornal New York Times, após este ter reportado que o ex-primeiro-ministro chinês Wen Jiabao teria acumulado uma enorme fortuna enquanto esteve no governo.
As autoridades detiveram também centenas de pessoas por espalharem rumores online e advertiram os detentores de blogues populares com milhões de seguidores para colocarem comentários mais positivos.
O Supremo Tribunal alertou este mês que os utilizadores da internet poderiam enfrentar até três anos de prisão se colocassem informações caluniosas nas redes sociais que fossem lidas mais de 5 mil vezes ou encaminhada mais de 500 vezes.
A China tem mais de 500 milhões de usuários da internet, a maior população online do mundo.
Esta matéria foi originalmente publicada pela Agência Lusa (via Agência Brasil)