O consumo de recursos naturais na China passou de um terço para mais de uma vez e meia a média mundial entre 1970 e 2008, tornando o país o maior usuário de matérias-primas do planeta e criando intensas pressões ambientais, informou um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgado na sexta-feira (2).
O documento constatou que os níveis de consumo interno de recursos naturais, como minerais utilizados para a construção, minérios metálicos, combustíveis fósseis e biomassa, são quatro vezes maior que o dos Estados Unidos. Essas matérias-primas são usadas para melhorar a infraestrutura urbana do país, o sistema de energia e a capacidade de produção.
“Este relatório ressalta que a China, como outras economias emergentes, precisa fazer investimentos significativos em recursos para criar uma infraestrutura eficiente, como edifícios verdes e transportes públicos, além de capital humano e capacidade de governança”, disse o subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner.
O relatório destaca que a China está entre os países que mais tiveram sucesso no uso eficiente de energia. Apesar de ainda ter o menor nível de eficiência, os chineses foram os que mais evoluíram no setor nos últimos 40 anos. Porém, o PNUMA enfatiza que as metas chinesas de redução de consumo de água e perdas de terras aráveis e o aumento do uso de combustíveis não fósseis podem não ser suficientes para estabilizar as pressões ambientais.
Apesar dos avanços, o relatório destaca que ainda há muitos desafios para a China em sua transição para uma economia verde, principalmente por causa do consumo de água e dos problemas com resíduos. Os desafios incluem um governo fraco na hora de implementar as políticas ambientais e um monitoramento insuficiente devido à falta de recursos técnicos e financeiros.
Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil
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