O regime chinês realizou recentemente em segredo seu segundo teste de míssil hipersônico, ou de velocidade mais rápida que o som, segundo o Washington Free Beacon (WFB), citando fontes governamentais não identificadas.
O veículo de voo hipersônico (HGV), ou Wu-14, faz parte do esforço da China para desenvolver armas que possam atingir os Estados Unidos com ogivas nucleares.
O teste foi realizado secretamente em 7 de agosto numa instalação de mísseis no Oeste da China, segundo o WFB. A China conduziu seu teste anterior em janeiro, que mais tarde foi reconhecido por várias fontes oficiais, incluindo o Ministério da Defesa da China.
A China não está sozinha no desenvolvimento de mísseis hipersônicos. Os Estados Unidos, Índia e Rússia também fazem pesquisa sobre sistemas de mísseis que possam viajar entre Mach 5 e 10, ou entre 6.150 e 12.300 quilômetros por hora (km/h). Nessa velocidade seria possível atingir qualquer lugar do mundo em no máximo 30 minutos.
Os membros do Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA manifestaram suas preocupações com a pesquisa da China sobre mísseis hipersônicos em 13 de janeiro. Num comunicado conjunto, eles afirmaram: “Enquanto rodada após rodada de cortes na Defesa tem refreado a vantagem tecnológica dos Estados Unidos, os chineses e outros países concorrentes avançam pela paridade militar com os EUA; e, em alguns casos, como neste, eles parecem estar saltando à frente de nós.”
“A Ásia-Pacífico está rapidamente se tornando um barril de pólvora”, afirmaram eles no documento. “Permitir que nações, que não compartilham nosso respeito por vias livres e abertas de comércio, obtenham vantagem estratégica sobre os EUA e seus aliados apenas nos aproxima de acender o pavio.”
Após o teste anterior da China, o Congresso americano aprovou em maio o financiamento do programa de pesquisa do Pentágono para mísseis hipersônicos. O programa recebeu US$ 70,7 milhões para o projeto de lei de defesa de 2015.