Reserva de divisas na China atinge nível recorde
As reservas de divisas na China atingiram níveis recordes, uma medida que se acredita não ser capaz de desacelerar o aumento no índice de preços ao consumidor (IPC). O excesso de reservas de divisas e a valorização do Yuan estão contribuindo para elevar a inflação.
O Banco Central da China elevou a partir de 20 de junho de 2011 a taxa de reservas obrigatórias em 50 pontos, marcando um pico histórico de 21,5% para depósitos em grandes instituições financeiras, enquanto as reservas nos bancos de pequeno e médio aumentaram para 18%. O aumento é destinado à alocação de cerca de 58 bilhões de dólares em fundos disponíveis para reservas bancárias, fundos que não estarão disponíveis para circular livremente e estimular inflação.
A agência de notícias Xinhua informou em 14 de junho de 2011 que esta é a sexta vez no ano que o Banco Central eleva a taxa de reservas obrigatória dos bancos. Em junho, é esperada a entrada de grande quantidade de dinheiro na economia chinesa, cerca de 154 bilhões de dólares, resultado de operações de comércio exterior e operações do Banco Central no mercado aberto.
O Escritório Nacional de Estatísticas chinês informou que em maio o IPC na China aumentou 5,5%, representando o maior aumento em 34 meses.
Os dados publicados em 16 de junho pelo Banco Central da China mostram que as instituições financeiras da China têm um volume total de divisas de cerca de 58 bilhões de dólares, um aumento de 21%.
O economista Tianlun Jian disse numa entrevista recente que a valorização do Yuan (moeda chinesa) ainda não foi suficiente para reduzir o superávit comercial, e que o montante das reservas de moeda estrangeira ainda segue aumentando. Tal excesso de reservas perturba o fluxo da moeda nacional e gera constante inflação. Esta é a razão pela qual o Banco Central da China novamente aumentou a taxa de reservas obrigatórias. Ele também disse: “A valorização do Yuan não é suficiente para conter a alta da inflação.”