Liu Tienan, o ex-vice-chefe da agência de desenvolvimento econômico do regime chinês e ex-chefe da administração de energia, passará o resto da vida atrás das grades, segundo uma decisão recém-proferida num tribunal na província de Hebei.
Liu, de 59 anos, foi o vice-chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, um órgão poderoso que concede concessões e licenças para negócios e direciona recursos para grandes projetos econômicos na China. Liu também era presidente da Administração Nacional de Energia.
Durante seu mandato nessas duas agências, ele foi acusado de receber 35,6 milhões de yuanes (US$ 5,8 milhões) em subornos entre 2002 a 2012, pessoalmente ou por meio de seu filho Liu Decheng.
O julgamento, no qual Liu teria se mostrado arrependido e honesto, encerrou em setembro, mas o tribunal levou dois meses para deliberar o veredito.
A confissão arrependida de Liu, “Como é que eu acabei assim?”, que ele teria dito em sessão no tribunal em meio a lágrimas, foi difundida em contas de mídia social do Partido Comunista.
As acusações disseram que Liu abusou do poder de seus cargos para obter ganhos para si e para seu filho. O filho Liu Decheng recebeu enormes subornos, incluindo milhões em ações numa empresa de comércio de automóveis, uma vila de luxo, um Porsche, além de dinheiro e um emprego em que ele recebia um salário considerável para não fazer nada.
O escândalo de Liu Tienan se tornou público em dezembro de 2012, exposto por um editor da revista de negócios Caijing. Ele foi colocado sob investigação no ano seguinte e em agosto foi expulso do Partido Comunista.
Fontes na China disseram ao Epoch Times que Liu era considerado o “gerente de finanças” da rede política do ex-líder chinês Jiang Zemin, que presidiu a China oficialmente entre 1989 e 2002, mas que continuou a interferir no poder e teve grande influência política por mais uma década. Como o “mandachuva” do setor da energia a serviço de Jiang e da facção deste, Liu foi capaz de desviar enormes ativos da indústria e canalizá-los para Jiang e seus aliados, disseram as mesmas fontes no regime chinês.