Apesar de todas as notícias sobre os poderosos do Partido Comunista Chinês (PCC) serem cuidadosamente censuradas pelo Grande Firewall que mantem limpa a internet chinesa, curiosamente, rumores de que a família do primeiro-ministro Wen Jiabao está envolvida em corrupção são facilmente visualizados na China.
Foi revelado recentemente que os adversários políticos de Wen têm deliberadamente espalhado boatos como parte das lutas dentro do PCC.
Uma fonte disse a pouco a New Century News que Bo Xilai, o ex-secretário do PCC na cidade de Chongqing, foi responsável por difundir acusações de corrupção sobre a esposa e o filho de Wen. A fonte disse que um dos apoiadores de Bo, que está atualmente sob investigação, confessou que Bo pessoalmente instruiu outras pessoas a espalharem os rumores.
De acordo com o informante, o plano contra Wen incluía espalhar rumores através do 21st Century Business Herald e outros bem conhecidos websites chineses de notícias, bem com usar pessoas com laços estreitos para espalhar os rumores entre oficiais consulares na China.
A informante citou uma fonte como dizendo, “Bo estava satisfeito com o trabalho realizado e elogiou-o como excelente.”
O seguidor de Bo sob investigação também revelou que Sima Nan, um famoso membro do “partido dos 50 centavos”, ajudou a revisar e aprimorar o material de difamação, que mais tarde foi publicado num website no exterior.
Sima Nan tem sido um defensor de Bo e frequentemente discute as alegações contra a família de Wen, embora ele se abstenha de fazer comentários sobre quaisquer outros líderes, como o líder chinês Hu Jintao, Bo Xilai, ou o ex-chefe da segurança Zhou Yongkang. Zhou e Bo estão ambos sob investigação por uma série de acusações, incluindo conspiração para derrubar Xi Jinping, o suposto próximo líder do PCC após Congresso Nacional no final deste ano.
A retaliação de Wen veio numa reunião recente do Politburo. Foi então que, diante de uma ampla reunião do Politburo do PCC, Wen questiou Zhou sobre sua ligação com Bo e pediu para Zhou ser investigado.
Zhou tentou contra-atacar, referindo-se aos rumores de corrupção envolvendo a esposa de Wen e disse que ela também devia ser investigada. “Caso contrário, uma investigação sobre mim é apenas parcial, inaceitável para outros membros do Partido”, respondeu Zhou, segundo uma fonte bem colocada em Pequim.
Zeng Qinghong, ex-vice-presidente do país e um aliado de Zhou, disse ter apoiado a demanda por uma investigação da esposa de Wen. Wen disse que não era problema para ele ou sua família serem investigados e pediria demissão imediatamente se algo fosse provado envolvendo fraude.
Espalhar rumores sistematicamente tem sido uma tática bem-praticada dentro do PCC.
O Epoch Times publicou uma reportagem exclusiva sobre a saída forçada do Google da China no final de abril, revelando como Bo e Zhou manipularam o Baidu, o principal buscador de internet da China, para difundir notícias negativas contra Hu Jintao, Wen Jiabao e Xi Jinping.
Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.